O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Ricardo Essinger, disse ontem que é obrigação da União colocar recursos na construção da Transnordestina para que a ferrovia seja concluída desde que sejam exigidos aportes de recursos da empresa responsável pelo empreendimento, a Transnordestina Logística S.A. (TLSA); que ocorra uma definição sobre o valor total da obra e transparência no uso dos recursos. Anteontem, o governo federal anunciou que fará um aporte de R$ 1,4 bilhão na obra e que a TLSA vai entrar com um aporte de R$ 1,8 bilhão. O empreendimento está em obras há mais de 10 anos e foram empregados R$ 6,3 bilhões. Desse total, cerca de 80% saíram dos cofres públicos.
IMPASSE
“Ninguém sabe o quanto vai custar a Transnordestina”, critica Essinger. A ferrovia teve suas obras iniciadas em junho de 2006 e teria 1.753 km, ligando a cidade de Eliseu Martins, no Piauí, aos portos de Pecém, no Ceará, e de Suape, no Litoral Sul de Pernambuco. Na época, o empreendimento seria concluído em 2010 e custaria R$ 4,5 bilhões. “Nunca entendi porque essa obra começou do Sertão para o Litoral. São 600 quilômetros implantados em Pernambuco. Se isso fosse do litoral para o sertão poderia transportar toneladas de milho para o setor avícola”, comenta. O sistema S (do qual a Fiepe faz parte) chegou a construir uma escola em Jaboatão para formar mão de obra para os empregos que seriam gerados pela ferrovia. Hoje, a unidade capacita trabalhadores de outros setores.
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Hoje, os governadores Paulo Câmara (PSB), o do Ceará, Camilo Santana (PT), e o do Piauí, Wellington Dias (PT), se reúnem com os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, dos Transportes, Portos e Aviação, Maurício Quintella, no Palácio do Planalto para tratar sobre a Transnordestina.
Mais informações sobre a Transnordestina clique aqui.
Veja no vídeo como estava o empreendimento em julho do ano passado.