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Páscoa abre temporada de contratações

Indústria do chocolate promete gerar pelo menos 285 oportunidades em Pernambuco

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Publicado em 08/02/2017 às 6:51
Foto: Guga Matos/ JC Imagem
Indústria do chocolate promete gerar pelo menos 285 oportunidades em Pernambuco - FOTO: Foto: Guga Matos/ JC Imagem
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O Carnaval nem sequer chegou e a indústria do chocolate já está pensando nas vendas e na geração de empregos para a Páscoa. Apesar de não arriscar o volume de vendas para o período, a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab) está otimista e acredita que 2017 será bem melhor do que 2016, que registrou queda de 25% no faturamento do setor, em relação ao ano anterior. E se há boas expectativas para o comércio dos tradicionais ovos de chocolate, há sinalização para a geração de emprego. Em todo o País, 25 mil vagas de trabalho temporário serão abertos, somente na indústria, segundo a Abicab. Em Pernambuco, já são pelo menos 285 oportunidades na Mondelez e na Companhia do Cacau.

“Os números confirmam o compromisso da indústria de chocolate em gerar emprego e investimento, contribuindo para o reaquecimento da economia do País”, garante o presidente da Abicab, Ubiracy Fonseca. Segundo ele, do total de vagas do âmbito nacional, 15% são destinadas às posições de produção e 85% à promoção e cadeia de vendas.

O vice-presidente de chocolate da associação, Afonso Champi, acredita no poder de recuperação do setor para este ano. “Não fechamos o balanço anual ainda, mas os números de janeiro a outubro nos deixam esperançosos”, estima Champi. No período citado, houve recuperação de volume em 13%, porque as indústrias, desde então, estão trabalhando a todo vapor para suprir a demanda. “Os esforços das indústrias foram essenciais para proporcionar o índice de aumento”. 

A Mondelez, cuja fábrica está localizada em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata, divulgou que disponibilizará 270 vagas para promotores de venda. Os profissionais devem atuar prioritariamente em supermercados auxiliando os clientes na escolha dos produtos. Os contratos começam ao longo de março e seguem até o domingo de Páscoa.

Podem participar profissionais com ensino médio completo, boa capacidade de comunicação e abordagem de clientes, proatividade e perseverança. Experiência em vendas e merchandising será considerado um diferencial. De acordo com a empresa, 13% dos animadores de Páscoa, como são chamados os profissionais, são contratados posteriormente como promotores da Mondelez. Os profissionais podem se candidatar, enviando currículo ao e-mail pascoa2017@spotpromo.com.br.

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Outra empresa com as portas abertas para novos colaboradores, no Estado, é a Companhia do Cacau, que ainda está disponibilizando 15 vagas para a Páscoa na área de fábrica. Por lá, 30 chances já foram preenchidas. De acordo com o departamento de Recursos Humanos da empresa, são requeridos profissionais com ensino médio completo, agilidade e também experiência na área de produção. Mais informações pelo telefone (81) 3466-2332.

A reportagem do JC também procurou a Nestlé. Por meio da assessoria de imprensa, a empresa informou que ainda está fechando o número de vagas que será disponibilizada para o período pascal, o que deve acontecer nos próximos dias. 

MERCADO

O Brasil é o maior produtor de ovo de Páscoa e o quinto maior consumidor de chocolate do mundo. Com esses dados, percebe-se a importância que o setor tem para o País. Por isso, todos os anos, é realizada, em São Paulo, uma feira para apresentar as novidades do produto. Um preview do que será posto à venda no varejo, a partir da Quarta-feira de Cinzas. O Salão de Páscoa 2017, promovido pela Abicab, trouxe nove marcas e mais de 120 novidades. 

Apesar do período de retração no consumo, os preços nas gôndolas vão sofrer reajustes neste ano. Os valores variam por empresa, de acordo com o aumento dos insumos e da matéria- prima. Mas, pode-se preparar: a média de alta varia entre 5% e 12%. Algumas empresas vão driblar a crise oferecendo versões reduzidas, com gramatura menor.

O Nordeste não é um dos grandes mercados de consumo de chocolate do País. Enquanto a média brasileira é de 2,5kg/ano, a região fica apenas na terceira colocação, com 1,5%, atrás do Sul – o primeiro lugar com 4,4kg/ano – e Sudeste, com 3,5kg/ano. O dado torna o Nordeste alvo potencial de crescimento, entretanto, nenhuma das nove empresas presentes no Salão de Páscoa desenvolveu linha específica para atender de forma mais personalizada à região.

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