Encontrar um caixa eletrônico em algum estabelecimento comercial de Pernambuco, ultimamente, não é tarefa fácil. Também, pudera, os inúmeros atentados aos equipamentos bancários viraram rotina e deixaram o simples ato de sacar dinheiro um dos mais inseguros em linha reta do mundo. Mas tem um pernambucano que não se curva à (triste) nova realidade de ataques. Estamos falando de Fernando Braz, proprietário do posto de gasolina NorteBraz, no bairro da Bomba do Hemetério, Zona Norte do Recife.
No empreendimento dele, são nada menos que 12 caixas eletrônicos do tipo 24 horas instalados. Achou muito? Então saiba que logo, logo mais três caixas eletrônicos vão chegar por lá, totalizando 15. “Temos essa quantidade toda porque o posto só aceita o pagamento em espécie e temos muitos clientes, tanto para utilizar no abastecimento, como para sacar dinheiro. Aqui não fecha. O posto sempre está aberto, já que o atendimento é 24 horas, e fica com, no mínimo, cinco funcionários. Nós temos um posto de Polícia bem próximo e o policiamento é bem ostensivo nessa área. Bastante eficaz”, explica Fernando.
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O posto de gasolina atua há 17 anos na área e possui 31 funcionários. Diariamente, são atendidas cerca de 3.500 pessoas e, também por dia, são realizadas, aproximadamente, três mil transações nos caixas eletrônicos. Outro fator que influencia na oferta dos caixas eletrônicos no NorteBraz é a falta do equipamento em outros estabelecimentos no bairro. “Muitos estabelecimentos tiraram os caixas por causa do medo de assaltos e outros tipos de violência. Isto, de uma certa forma, gerou um aumento na quantidade de clientes e aumentou os lucros”, contextualiza Wellington da Cunha, chefe de pista do posto há oito anos.
Fora a comodidade ao cliente, o empresário Fernando Braz contou que os equipamentos geram renda ao estabelecimento. É que o aluguel de cada caixa eletrônico varia entre R$ 300 e R$ 600. Mas, é claro, que segurança também é palavra de ordem. Para evitar a ação de criminosos, Fernando conta com o serviço de vigilância privada in loco e que os próprios bancos fornecem uma Central de Monitoramento com alarme.
BONS RESULTADOS
E a oferta exagerada de caixas eletrônicos vem surtindo efeito. Conforme observado pela reportagem, mesmo em tempos de crise econômica, e também do aumento do preço da gasolina – que passou de R$ 3,19 para R$ 3,55 - o movimento do local é bastante grande e a procura dos consumidores pelos caixas eletrônicos é forte. “A crise faz o consumidor ficar mais cauteloso e pesquisar mais os preços. Como não aceitamos cartões de crédito, visto que é cobrada uma taxa de 3% no pagamento e, quando é antecipado, acrescenta-se mais 3%, totalizando 6%. Aqui, prefiro repassar esse preço ao consumidor”.
O consumidor agradece. “Ter um caixa eletrônico aqui torna tudo mais prático”, relata o Analista de Trânsito, Emiliano Botelho.