SUSTENTÁVEL

Empresas reduzirão 22% dos resíduos destinados aos aterros sanitários

A lógica é reaproveitar tudo que pode ser reciclado

Da editoria de economia
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Publicado em 18/06/2017 às 8:01
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As fábricas da Ambev, Baterias Moura e a Pitú assinaram um acordo setorial de embalagens se comprometendo a reduzir em 22% a quantidade de resíduos enviados aos aterros sanitários até novembro deste ano. Em todo o País, mais de mil empresas em 11 capitais estão com essa meta. “Estamos com o compromisso firme de reduzir a quantidade de material reciclável pós-consumo, apoiando cooperativas de material reciclável e dando suporte para melhoria da gestão”, diz a gerente de Sustentabilidade da Ambev, Andrea Matsui. A empresa tem uma unidade em Itapissuma, na Mata Norte.

Instalada em Vitória de Santo Antão, a fábrica da Pitú também faz parte do acordo. “Já recebemos em média 87% das embalagens que vendemos”, diz a diretora da empresa, Maria das Vitórias Cavalcanti. A empresa tem até uma central de resíduos e já descarta uma parte dos seus resíduos para 12 empresas, que se responsabilizam pelo descarte final e monitoram esse reaproveitamento para que os mesmos não sigam para um aterro sanitário.

A diversidade de empresas ocorre porque cada tipo de resíduo vai para uma destinação. Na Pitú, até os rótulos usados nas embalagens das bebida são misturados com uma bactéria, se transformando em adubo dado aos fornecedores de cana, a matéria-prima da cachaça. “Com a nova lei de resíduos sólidos, buscamos mais eficiência nas ações ambientais que já fazíamos antes dessa legislação”, conta Vitória. A companhia começou a estimular o uso da embalagem retornável na década de 1960.

REUTILIZAÇÃO

A logística reversa, que propõe reutilizar os resíduos gerados por uma determinada empresa, passará a ser cobrada de todo o setor produtivo. “Mesmo quem não é signatário terá que reduzir em 22% os resíduos da embalagens por causa das leis ambientais que estão em vigor. As empresas que não começarem a praticar a logística reversa vão sentir no bolso”, comenta o sócio do escritório Da Fonte Advogados, Antônio Beltrão. E complementa: “era pra ser encaminhado para o aterro sanitário somente o que não pode ser reaproveitado”.

“A logística reversa também pressupõe que as prefeituras devem fazer a coleta seletiva e fechar os lixões”, revela o diretor executivo do Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), André Vilhena, que revela ser fundamental a parceria das empresas com os catadores para evitar que material reciclável vá para os aterros sanitários. Ele diz que está aumentando a quantidade de empresas e de trabalhadores no mercado de reciclagem por causa da Lei Nacional de Resíduos Sólidos.

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