CRISE

Pernambuco tem saldo negativo de emprego, segundo Caged

Indicador do Ministério do Trabalho mostra que Estado continua a perder vagas de trabalho

JC Online
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Publicado em 21/06/2017 às 14:40
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Indicador do Ministério do Trabalho mostra que Estado continua a perder vagas de trabalho - FOTO: Foto: Agência Brasil
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O saldo de empregos gerados em todo o Estado de Pernambuco durante o mês de maio sofreu uma redução de 0,02% na comparação ao mês anterior, equivalente ao encerramento de 195 postos de trabalho. No acumulado do ano, ou seja, de janeiro a maio de 2017, o Estado já soma um saldo negativo de 24.849 vagas de emprego e, ao considerar os últimos 12 meses (junho de 2016 a maio de 2017), o número salta para 33.236 empregos a menos.

Dentro de Pernambuco, o destaque positivo foi para Petrolina, no Sertão, que fechou o mês com um saldo positivo de 852 novos postos de trabalho. “Nesse caso temos o exemplo de como a crise política favoreceu alguns setores. Com os problemas do governo Temer, houve a alta do dólar e, como a região de Petrolina vive da exportação de frutas, pode investir mais, gerando mais contratações”, analisa o economista da Fecomércio-PE, Rafael Ramos.

A variação relativa baixa, se comparada ao mês anterior, de 1,45%, confirma que o volume de empregos gerados pelo segmento de fruticultura tem se mantido positivo.

REGIÃO METROPOLITANA

Na outra ponta do ranking dos municípios pernambucanos está a capital, Recife, que sofreu uma variação relativa a abril de -0,29%, resultado de um saldo negativo de 1.450 postos de trabalho. Na sequência aparece o Cabo de Santo Agostinho, com 462 vagas perdidas, e Jaboatão dos Guararapes, com menos 370 vagas, ambos na Região Metropolitana do Recife (RMR). “Recife vem sofrendo há bastante tempo e sofre mais por conta da sua magnitude. A cidade concentra um número maior de empresas, então, na crise, o número de demissões vai ser maior”, diz Ramos.

O cenário do Recife também reverbera sobre seus municípios satélites, já que dos dez que tiveram os piores saldos, sete fazem parte da RMR.

Considerando todo o Estado, Pernambuco ficou na décima primeira posição entre os que mais fecharam vagas no País, mas com um volume muito distante aos dois extremos da lista: Minas Gerais, que criou quase 23 mil novos empregos, e o Rio Grande do Sul, que ficou com um saldo negativo de mais de 12 mil vagas.

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