A Petrobras assinou na quinta-feira (22) contrato com o Consórcio Conenge SC/ Possebon para o término da construção da carteira de enxofre da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), instalada no Complexo Industrial Portuário de Suape. A obra será retomada nas próximas semanas.
A contratação do serviço é para conclusão da Unidade de Tratamento de Águas Ácidas (UTAA) e Unidade de Tratamento com Metildietanolamina (MDEA), e suas interligações. As obras são necessárias para operação do primeiro conjunto de unidades (Trem 1) da Rnest à sua plena carga de 115 mil barris de petróleo por dia (bpd).
Essas duas unidades são as responsáveis pelo tratamento dos líquidos e gases resultantes do processo de produção de combustíveis com baixo teor de poluentes, como o Diesel S-10 (diesel com até 10 partes por milhão de enxofre), gerando carga rica em enxofre para a unidade de Snox, cujo início da construção está previsto para julho.
Essa última unidade – que representa a conclusão do primeiro trem (linha de produção) da refinaria – produzirá o ácido sulfúrico, produto com várias aplicações industriais, tais como na produção de fertilizantes e no processamento de minérios.
A entrada de operação do Snox deve ser para junho de 2018, segundo a Petrobras. A empresa contratada para fazer o serviço foi a Qualiman Engenharia e Montagens.
BR DISTRIBUIDORA
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, revelou que a empresa propôs, ontem, ao conselho de administração a abertura de capital da Petrobras Distribuidora. Ele disse que o comunicado já saiu na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A reunião do conselho de administração para deliberar sobre o tema será no início de julho, disse Parente. Ainda segundo ele, a decisão não tem a ver com o processo anterior, de venda do ativo.
“À luz do momento de mercado, concluímos que há condições favoráveis, com múltiplos atraentes. Observamos histórico recente de IPOs (Oferta Pública Inicial, na sigla em inglês) e decidimos realizar estudos”, afirmou.
Ele revelou que o processo ainda está na fase de estudos, por isso não há discussão neste momento sobre abrir ou não mão do controle da BR.
Parente revelou ainda que avalia solução sobre o saldo devedor da Eletrobras com a BR antes do possível IPO. A estatal do setor elétrico mantém uma dívida bilionária pela compra de combustíveis para térmicas da região Norte do País.