Na reta final da 18ª edição da Fenearte, considerada maior feira de artesanato da Amércia Latina e presidida em Pernambuco, a feira reúne milhares de pessoas e preços acessíveis nos seus estandes nesta sexta-feira (14), no Centro de Convenções, em Olinda, para atrair os visitantes até este domingo (16).
Um artesão ilustre e figura carimbada no evento é Ermírio José da Silva, popularmente conhecido como Miro das Bonecos. Madeira, chita, arame e massa corrida, além do uso de itens recicláveis, são alguns dos materiais utilizados pelo artista. Os preços das suas peças variam de R$ 5 até R$ 1500. Miro está empolgadíssimo com os resultados. "Aqui é o céu de todos os artesãos", diz animado.
Miro conta que realiza promoções dependendo da peça e do interesse do cliente. Por exemplo: O chaveiro de flor custa R$ 3, se o cliente comprar duas unidades, o valor total fica R$ 5.
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Para a médica Lara Silveira, visitante assídua da Fenearte, o evento é essencial para a valorização da cultura pernambucana. "A feira é muito importante porque serve para enaltecer a cultura local, além de ser uma vitrine para os artesãos daqui e o do exterior", explica.
Lara é fã de trabalhos produzidos em madeira e pretende comprar uma imagem nesta edição e é super fã de Miro.
Tracunhaém
O casal de artesãos Luiz Gouveia e Linda Gouveia, do município de Tracunhaém, utilizam o barro para produzir peças que vão de utilidades domésticas até artigos para decoração. Há peças que custam a partir de R$ 2 e vão até R$ 300. Por exemplo: a coruja custa R$ 15 e as xícaras apenas R$ 2. Até o momento, o casal já vendeu mais de 1000 peças.
Linda está bem confiante para este fim de semana. "Atendi bem desde o primeiro dia, o movimento não parou", diz animada. "Esse evento é importante para divulgação do trabalho dos artesãos", destaca Linda Gouveia. "A Fenearte é muito importante porque é a maior feira da América Latina", frisa Luiz Gouveia.
Em relação as estratégias de atrair a clientela neste últimos dias, Gouveia fala que não discute preço com o cliente e que pretende agradar o público.
A auxiliar de logística Tawana Ferreira gosta bastante da feira e ama peças produzidas com materiais de coco, madeira e barro e elogia sobre os preços acessíveis. "Há gostos para todos os bolsos", afirma.
Bezerros
A artesã natural de Bezerros Josy Santos trabalha com a conhecida figura carnavalesca dos papangus e utiliza na produção das suas peças materiais como papel machê, papel colê, couro de bode e fibra de vidro. Os preços dos produtos estão disponíveis a partir de R$ 2 e chegam até R$ 200. "Não posso reclamar", fala satisfeito sobre as vendas.
Até esta sexta, Josy teve 1500 peças vendidas e deseja terminar de vender todas até o fim da feira. Entre os achados é possível encontrar um porta-chave de R$ 10 e imãs de geladeira com opções de R$ 3 a R$ 6. Para a artesã, o evento é muito importante para divulgar o artesanato local. "Aqui é uma vitrine. Fiz contato com uma lojista do Ceará e também os clientes sempre procura, comenta entusiasmada a artesã que expõe na feira há 16 anos.