Até o fim do ano, quatro hipermercados do Hiper Bompreço, no Recife, vão adotar a marca Walmart. A mudança faz parte do projeto de reinvenção do formato hipermercado, que representará investimento de R$ 1 bilhão, em todo País, nos próximos três anos. Em 2017, a transformação e a inauguração do Hiper TodoDia, em Garanhuns, no Agreste pernambucano, demandaram R$ 100 milhões no Estado.
Leia Também
- Walmart e Google se unem contra a Amazon
- Walmart investe R$ 100 milhões em Pernambuco com nova proposta de loja
- Walmart fecha mais cinco lojas e demite na área administrativa
- Hiper Bompreço adotará marca Walmart a partir de 2017
- Walmart é condenado a pagar R$ 4,5 mi de indenização à família de ex-funcionário
Além da adoção da marca, as unidades de Boa Viagem, Casa Forte, Caxangá e da Avenida Recife serão reestruturadas em três principais áreas: mercearia, higiene/limpeza e perecíveis. Entre as mudanças previstas, estão um foco maior na qualidade de perecíveis ofertados, corredores mais amplos e gôndolas mais baixas. Nas novas lojas, haverá sortimento de produtos regionais. O projeto também inclui melhorias nos estacionamentos e na galeria de serviços.
Pernambuco representa 10% das operações no País. Até 2020, as nove unidades do Hiper Bompreço, no Estado, vão passar pela intervenção. O mesmo está sendo feito no Sul do País, com a marca Big. O objetivo é fazer a transição das marcas para Walmart de forma gradual. “As operações cresceram mais de 10% nas lojas que reinventamos. Aumentando a produtividade, poderemos devolver, no fim, em preço para o cliente. Estamos reinventando o conceito”, comenta o presidente do Walmart Brasil, Flavio Cotini.
CENÁRIO
Após ser fortemente impactado pela crise, o varejo voltou a crescer. Em junho, apresentou crescimento de 1,2% na comparação com o mês anterior, segundo o IBGE. Durante o anúncio das novidades sobre o avanço no projeto de transformação de hipermercados, o presidente do Walmart Brasil disse que está otimista com os rumos da economia.
“O que é bom para o Brasil também é bom para o varejo. Muita coisa está indo na direção correta, o teto dos gastos, reforma trabalhista, discussão da previdência, acho que as autoridades reconhecem que o sistema tributário é complexo, há disposição para melhorar a competitividade do Brasil”, diz Cotini.
Sobre geração de empregos, Flavio afirma que a reforma trabalhista trará flexibilidade. “A reforma trabalhista vai ajudar na geração de empregos sim. Acho que a modernização está criando a oportunidade de o trabalhador tomar decisões”, complementou