Anunciado nesta terça-feira (10) pela Petrobras, o reajuste médio de 12,9% no preço do gás de cozinha aplicado aos distribuidores pode fazer que o produto chegue a custar R$ 80 aos consumidor final em Pernambuco. A estimativa, ainda inicial, é feita pelo Sindicato dos Revendedores do Gás Liquefeito de Petróleo em Pernambuco (Sinregas-PE). A entidade destaca que o percentual estabelecido não é repassado automaticamente aos consumidores, já que a mudança nos preços demanda outros custos a distribuidores e revendedores.
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"Para a nossa categoria não há nada de positivo na política de reajustes constantes. Cada vez que o preço sobe, nos demanda mais capital de giro para a compra dos produtos e compromete o planejamento da empresa", diz a presidente do Sinregas, Francine Gulde.
Em Pernambuco, o preço atual do botijão de gás varia de R$ 65 a R$ 70. Mas, de acordo com a nota emitida pela Petrobras, a estimativa é que o preço do botijão pode ser reajustado, em média, em 5,1% ou cerca de R$ 3,09 por botijão (se forem mantidas as margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos).
Sindigás
O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) calcula que o reajuste oscilará entre 7,8% e 15,4%, de acordo com o polo de suprimento.
De acordo com a entidade, a correção aplicada não repassa integralmente a variação de preços do mercado internacional. Diante disso, o Sindigás estima o preço do produto para botijões até 13 quilos “ficará 6,08% abaixo da paridade de importação, o que inibe investimentos privados em infraestrutura no setor de abastecimento”.