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Empresário de Surubim, no Agreste de PE, aposta em itens de panificação congelados

PanCristal quer triplicar a capacidade de produção até meados de 2018

Bianca Bion
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Bianca Bion
Publicado em 19/11/2017 às 6:05
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PanCristal quer triplicar a capacidade de produção até meados de 2018 - FOTO: Foto: Divulgação
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A visão inovadora do empresário João Batista, 62 anos, transformou uma pequena rede de padarias em uma indústria de ponta de produtos de panificação congelados, em Surubim, no Agreste do Estado. Com um parque industrial de mais de 20 mil metros quadrados, a PanCristal produz cerca de um milhão de pães por dia e gera 360 empregos diretos e 1,8 mil indiretos. O pão corresponde a 70% da produção, mas é apenas um dos 300 produtos da empresa. Para 2017, a previsão é crescer 20%.

Os números vultosos não são suficientes para aplacar o espírito empreendedor de Batista. Até meados do próximo ano, a promessa é triplicar a capacidade produtiva e expandir a fábrica, com investimento de R$ 20 milhões. Nos próximos cinco anos, o empresário vislumbra chegar à capacidade produtiva de 10 milhões de pães por dia. “Sou um visionário, só sei pensar grande”, diz, sem modéstia.

Para a ampliação, ele comprou as máquinas mais modernas do exterior, de países como Suécia e Holanda. “A primeira linha de produção vai demandar investimento de R$ 20 milhões. A fábrica está dimensionada para mais três linhas de produção. No final da ampliação, que está programada para os próximos cinco anos, quero chegar à capacidade produtiva de 10 milhões de pães por dia. Hoje, nós atendemos de ponta a ponta Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. A meta é chegar a São Paulo”, diz Batista.

 

O grupo vai apostar no pão e na massa de bolo congelados. Entre as vantagens do pão congelado, está o prazo de validade mais longo. Um pão francês que sai do forno, por exemplo, começa a amolecer em duas horas. O congelado pode ser armazenado por, no mínimo, 60 dias. Já o bolo só precisa ser colocado na fôrma e assado. “O mundo inteiro despertou para o congelado, dá mais oportunidade ao empreendedor, que pode ter uma padaria sem área produtiva. É uma solução que veio para agregar, não para concorrer”, explica.

 

NEGÓCIO DE FAMÍLIA

A história da PanCristal começou em 1916, com a padaria Cristal. Passada de pai para filho, a empresa cresceu. Em 1990, quando João Batista já estava à frente do empreendimento, ele percebeu que o Centro de Surubim se tornou pequeno demais. Já havia quatro padarias na cidade. Em uma viagem à Europa, descobriu a técnica de congelamento de alimentos e investiu em um pequeno laboratório. Passou cinco anos estudando para construir uma pequena fábrica em uma área industrial de Surubim. “Meu pai era muito empreendedor, começou a modernizar a padaria. Antes, era tudo artesanal. Na época em que assumi, nós tínhamos uma mercearia e uma padaria. Quando meu pai começou o processo de sucessão, me perguntou qual empresa eu queria comandar. Escolhi a padaria, porque na mercearia eu não tinha como extravasar o meu espírito empreendedor”, lembra.

Hoje, o negócio está na quarta geração. Batista comanda, junto aos três filhos. Um deles é Hibernon Neto. Ele cresceu dentro da padaria, com os irmãos. “Meu pai tem um perfil inovador, sempre está procurando coisas novas. Foi pioneiro no Brasil nesse segmento de congelados. A gente acredita muito no negócio”, comenta Hibernon.

O herdeiro revela que, nos planos da ampliação, uma parte da fábrica está reservada para a produção de sorvete. “É a ampliação da ampliação. Uma das minhas funções é colocar freio nele (no pai), porque senão não paramos de lançar produtos.” É que, se depender de Batista, a PanCristal conquista o Brasil.

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