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PIB de Pernambuco recua 0,4% em 2017, aponta consultoria

crescimento de 1% do PIB brasileiro em 2017 não foi suficiente para puxar a economia de Pernambuco

JC Online
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Publicado em 09/03/2018 às 6:11
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crescimento de 1% do PIB brasileiro em 2017 não foi suficiente para puxar a economia de Pernambuco - FOTO: Guga Matos/JC Imagem
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O crescimento de 1% do PIB brasileiro em 2017 não foi suficiente para puxar a economia de Pernambuco, que encolheu 0,4% no ano passado. O cálculo é da 4E Consultoria, especializada em macroeconomia e inteligência de mercado.

Com base nos dados nacionais do IBGE, o economista Alejandro Padron, responsável pelo estudo, avalia que a queda registrada na indústria de transformação e também nos serviços ajudaram a puxar para baixo o desempenho da economia pernambucana.
“Houve queda na indústria geral e extrativa que, basicamente, puxaram a indústria de transformação para baixo. A pesquisa PIM (Pesquisa Industrial Mensal, IBGE) mostra isso para a Bahia e Pernambuco, dois estados que têm mais peso na indústria do Nordeste”, disse, destacando a queda de 5,6% na indústria da construção e de 1,8% na extrativa no Estado.

No setor de serviços, o estudo da 4E identificou recuo de 2% num agregado que Padron chama de Outros Serviços, um grupo que inclui atividades como transporte, armazenagem e também educação privada. “A Pesquisa Mensal de Serviços (IBGE) mostra queda de 5% nesse componente (educação) em 2017 incluso no que chamamos Outros Serviços, que teve queda de 2% no ano. Essas categorias têm peso grande, também inclui saúde privada. Tudo isso puxou o cálculo para baixo”, informou o especialista.

A agropecuária, que registrou um crescimento de 15% em 2017 em Pernambuco, não tem peso tão significativo na economia para ajudar na recuperação como um todo.

O recuo do PIB em Pernambuco seguiu a tendência regional, que também recuou 0,4%. Destaque para os desempenhos da Bahia (-1,7%) e do Ceará (-0,3)% que também registraram queda. Na região, a Construção Civil foi o componente que mais pesou negativamente. “Com exceção de Pernambuco e Bahia, que têm uma indústria razoável, e também do Ceará – que juntos têm 70% da produção industrial do Nordeste –, nos Estados mais pobres o peso da construção civil é maior”, disse.

RECUPERAÇÃO

A boa notícia é que nos últimos dois trimestres, a economia de Pernambuco registrou recuperação. “Observamos que 2017 começou com duas quedas de atividade no primeiro e segundos trimestres e a atividade começou a voltar a partir do terceiro. Fechou o quarto em 0,5%, enquanto o Brasil registrou em 0,1%”, diz.

Para o economista, a tendência de 2018 é de crescimento. “A gente espera que Pernambuco continue a mostrar crescimento no trimestre a trimestre e fechar positivo em 2018. Talvez haja algum leve recuo em algum trimestre do ano, mas com saldo líquido positivo e taxa de desemprego caindo razoavelmente”, disse Alejandro Padrón. “São três anos de queda, a base de comparação de 2018 está depreciada, mas a atividade está sendo retomada.”

A volta do crescimento no Estado também deverá impactar no avanço do pessoal ocupado. Até o segundo semestre do ano passado, Pernambuco registrou a maior taxa de desemprego do País, pelos dados da PNAD (IBGE), e terminou fechando o ano com 17,6% de desocupação na população economicamente ativa. Bahia fechou em 16,9%. “O mercado de trabalho ainda está enfraquecido e isso ajuda a explicar o desempenho modesto do grupo Outros Serviços”, disse.

O desemprego também reflete a massa de renda depreciada, com o rendimento caindo em 0,3%. “Isso tem impacto sobre o consumo de bens e serviços.”

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