A Polícia Civil indiciou dez pessoas nesta quarta-feira (23) pelo crime de formação de cartel em Pernambuco. Alfredo Pinheiro Ramos, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Pernambuco (Sindicombustíveis-PE), os três funcionários do sindicato presos no dia 15 deste mês na deflagração da “Operação Funil”, mais seis empresários do ramo de combustíveis no Estado, são acusados de coagir proprietários de postos para alinharem os preços dos combustíveis com valores similares.
De acordo com o delegado Germano Cunha Bezerra, da Delegacia de Crimes Contra a Ordem Tributária (Decoot), à frente do caso, “está devidamente demonstrado nos autos” que os acusados realizavam diversas práticas com o intuito de formar um cartel de preços nos postos de combustível. O caso vai seguir para a 2ª Vara Criminal de Vitória de Santo Antão. Bezerra comentou que o destino dos acusados, agora, está nas mãos da Justiça: “Todas as medidas cautelares, como prisões preventivas, agora estão a cargo do Judiciário”.
Leia Também
Relembre
Na semana passada, a Polícia Civil deflagrou a Operação Funil, que investiga a cartelização do mercado de combustível em vários municípios pernambucanos. A polícia trabalhou no caso desde julho de 2017. Foram presos três funcionários do Sindicombustíveis-PE. Além dos três mandados de prisão, foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão, sendo 17 deles em postos e os outros 10 em residências, nas cidades de Abreu e Lima, Igarassu, Moreno, Vitória de Santo Antão, Paudalho, Glória do Goitá, Pombos, Gravatá e Bonito.
O presidente do sindicato em coletiva, no mesmo dia, afirmou que estes três homens iam de postos em postos “prestar serviços” sobre “qualidade dos combustíveis”. Os funcionários aguardam o julgamento no Centro de Triagem Professor Everaldo Luna (Cotel) em Abreu e Lima.