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Paralisação dos caminhoneiros: setor produtivo lamenta perdas e morte de animais

Segundo o Sindicato Rural de Petrolina, a queda na produção de uva e manga do Vale do São Francisco pode chegar a 80%, caso a greve continue nesta semana

editoria de Economia
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Publicado em 28/05/2018 às 7:00
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Segundo o Sindicato Rural de Petrolina, a queda na produção de uva e manga do Vale do São Francisco pode chegar a 80%, caso a greve continue nesta semana - FOTO: Foto: Cortesia/ Avipe
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Maior produtor de ovos e frango de corte do Norte e Nordeste, Pernambuco perdeu, em uma semana de paralisação dos caminhoneiros, 25% dos 14 milhões de frangos abatidos por mês e 70 milhões de ovos. De acordo com o presidente da Associação dos Avicultores de Pernambuco (Avipe), Giuliano Malta, a situação do setor é de “calamidade total”.

“A cada momento liga um associado para informar que já faltou ração. Sem combustível, o alimento não chega. Milhares de animais já estão mortos e outros, antes disso, estão entrando em processo de canibalismo”, diz Malta. Segundo ele, apenas de 5% a 10% da produção está sendo escoada. O cenário se repete em todo o País. O diretor-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, informou, ontem, que a paralisação já provocou um prejuízo de R$ 3 bilhões ao setor e levou ao sacrifício de 64 milhões de aves adultas e pintinhos.

Embora reconheça a necessidade do movimento dos caminhoneiros, o presidente da Federação da Agricultura de Pernambuco (Faepe), Pio Guerra, espera que o Estado encontre solução para o impasse. “O pessoal da agricultura reconhece a legitimidade do movimento, mas também sabe que é preciso uma solução. A política de preços dos combustíveis é errônea e prejudica até mesmo os produtores rurais, mas não dá para ficar com a dificuldade de abastecimento”, relata. Segundo o Sindicato Rural de Petrolina, a queda na produção de uva e manga do Vale do São Francisco pode chegar a 80%, caso a greve continue nesta semana.

Parte da produção de queijo e leite do Estado também está sendo perdida. “A vaca tem que ser ordenhada. Não pode esperar. Por dia, Pernambuco produz 1,8 milhão de litros de leite e quantidade significativa está indo para o lixo”, garante o presidente da Sociedade Nordestina dos Criadores (SCN), Emanuel Rocha.

CEASA

O Ceasa recebeu o abastecimento de cerca de 200 caminhões (metade do normal) nesse fim de semana. Conforme o diretor-técnico Paulo de Tarso, ainda não está faltando produto, “mas a oferta está reduzida em 50%”.

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