ÍNDICE

IBGE divulga PIB de Pernambuco relativo a 2016

Números mostram que a queda na economia foi menor do que a apurada pelo Governo do Estado

editoria de Economia
Cadastrado por
editoria de Economia
Publicado em 17/11/2018 às 8:36
Arquivo JC Imagem/Sérgio Bernardo
Números mostram que a queda na economia foi menor do que a apurada pelo Governo do Estado - FOTO: Arquivo JC Imagem/Sérgio Bernardo
Leitura:

O Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco apresentou uma queda de 2,9% em 2016, comparado com 2015. Os números, divulgados ontem (16) pelo IBGE, fazem parte do levantamento “Contas Regionais de 2016”, e revelam melhores resultados que os divulgados pela Agência Condepe/Fidem para o mesmo período. O órgão estadual de planejamento e pesquisa divulgou em julho do ano passado que a variação do PIB de Pernambuco 2015/2016 tinha sido de -4,2%. “O IBGE sempre leva cerca de dois anos para divulgar os dados regionais do PIB porque nosso levantamento passa por uma espécie de refinamento neste período, até porque é o número considerado oficial e usado para fomentar políticas públicas e investimentos privados”, explica Dinilson Pedroza Júnior, economista e tecnologista em estatísticas do IBGE.

O destaque na economia local foi o crescimento em volume da indústria de transformação, que compensou parcialmente as quedas na construção, comércio e reparação de veículos automotores. A agropecuária do Estado apresentou variação negativa em volume de 3,1% em 2016 e correspondeu a 4,3% da economia pernambucana, praticamente sem apresentar crescimento, (3,9% em 2015). A agricultura puxou o segmento para baixo, sobretudo pela queda em volume de 5,7% no desempenho do cultivo de cana-de-açúcar. Na pecuária, que no Estado é concentrada na criação de bovinos, a queda em volume foi menor: -0,3%.

PIB

No segmento indústria, a variação em volume no ano de 2016 foi de -1,2%, por causa da queda das atividade na construção. Em 2016 a participação do setor industrial na economia estadual foi de 19,7% (20,0% em 2015). A atividade de construção apresentou queda em volume de 13,2%, devido à redução das obras de infraestrutura, como a construção de rodovias e de obras para geração e distribuição de energia elétrica. “A queda de 13% no segmento de construção foi bastante expressiva, mas foi compensada pelo crescimento em volume da indústria de transformação, em 4,3%, o maior verificado entre todos os Estados brasileiros. Colaboraram aqui para o desempenho positivo a indústria de refino do petróleo e de fabricação de automóveis”, diz Dinilson Júnior, referindo-se à refinaria Abreu e Lima, em Suape, e a fábrica da Jeep, em Goiana.

O setor de serviços continuou tendo o maior peso na economia pernambucana. Representou 76% em 2016 (76,1% em 2015), com variação de -3,4%. Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas foi a atividade que mais influenciou o resultado do setor de 2016, já que caiu 9,5%.

No ano de 2016, a economia brasileira encolheu 3,3%, resultado negativo que se disseminou em praticamente todos os Estados. Apenas Roraima, com 0,2%, teve alta no Produto Interno Bruto (PIB).  Segundo o IBGE, os resultados de Roraima e do Distrito Federal, que teve estabilidade do PIB em 2016, podem ser explicados pelo peso do setor governamental, que cresceu 3,3% e 0,6%, respectivamente. A pesquisa mostra que a retração econômica que o País enfrentou naquele ano foi mais acentuada no Amazonas onde o PIB caiu 6,8% além do Piauí e Mato Grosso, ambos com queda de 6,3%. A reportagem tentou contato com o governo do Estado, mas, em razão do feriadão, não obteve resposta.

Últimas notícias