COPA DO MUNDO

Seleção brasileira tem três dias pra corrigir erros da estreia na Copa

O técnico Tite destacou que a ansiedade prejudicou bastante na hora da finalização

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Filipe Farias
Filipe Farias
FILIPE FARIAS
Publicado em 19/06/2018 às 7:16
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O técnico Tite destacou que a ansiedade prejudicou bastante na hora da finalização - FOTO: Foto: AFP
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Uma estreia que decepcionou muitos. Ao contrário do que se esperava, a seleção brasileira não fez prevalecer o seu favoritismo e ficou apenas no empate contra a Suíça, na primeira rodada do Grupo E da Copa do Mundo. Contudo, bem mais que os dois pontos desperdiçados, o que preocupou mesmo foram os erros apresentados pelo Brasil diante dos suíços. Vacilos que não podem ser repetidos pelo time no duelo com a Costa Rica, na próxima sexta-feira. Caso contrário pode complicar a classificação e deixar a vaga às oitavas de final ameaçada.

Um dos pontos falhos dos brasileiros foi a finalização. De acordo com o site da Fifa, a seleção canarinho chutou 20 vezes, sendo que apenas quatro foram na meta do goleiro Yann Sommer. Diante desses dados, o técnico Tite apontou o que motivou a falta de pontaria dos seus comandados. “Em dois terços do jogo eu fiquei contente. Mostramos agressividade, jogadas criativas, inversão dos atletas e combinações ofensivas. Sendo que depois que marcamos o gol oscilamos e nos retraímos, o que não é normal. A ansiedade bateu forte e o último movimento ficou impreciso. Nos precipitamos muito na finalização. Se a gente tivesse absorvido melhor a ansiedade teríamos dado mais trabalho ao goleiro adversário. Vamos procurar levar esse aprendizado para o jogo seguinte”, falou o comandante.

Individualmente falando, muitos jogadores estiveram abaixo do rendimento esperado. Principalmente os homens de meio de campo. A única exceção foi Philippe Coutinho, que além do golaço que marcou, também se apresentou para o jogo em diversos momentos. Já Paulinho e Willian pouco produziram ofensivamente e Neymar não mostrou espírito coletivo, abusando do seu futebol individualista. No ataque, mesmo vendo que os articuladores não estavam inspirados e a bola não chegava, Gabriel Jesus ficou isolado na ofensiva e pouco apareceu para buscar jogo ou até mesmo para dificultar a marcação adversária.

O técnico Tite até enxergou essas deficiências no decorrer da partida, mas na hora de substituir acabou sendo pragmático (todas foram “seis por meia dúzia”) e as trocas acabaram não surtindo efeito. “Não costumo trocar um jogador por conta de cartão, mas os movimentos de Casemiro após ficar pendurado foram perigosos: um carrinho e uma bola disputada. Como eu tinha um jogador de alto nível no banco, que faz a mesma função, tem esse passe da inversão e finaliza bem de média distância, resolvi trocar”, disse Tite se referindo a Fernandinho. “Paulinho não estava no seu melhor dia, então coloquei Renato (Augusto) que é articulador para pensar o jogo, claro que pode render mais. Já Firmino está em um momento muito bom e com a confiança alta”, justificou.

Outros dois que poderiam ter contribuído para um melhor rendimento ofensivo da seleção, mas ficaram devendo foram os laterais. A impressão que ficou foi de que Danilo sentiu a sua estreia em Copas do Mundo, enquanto que a braçadeira de capitão parece ter pesado no braço de Marcelo. Ele estava inseguro e foi o que mais errou passes pelo lado do Brasil (20 no total).

Defensivamente, no lance que originou o gol da Suíça, independentemente do empurrão de Zuber em Miranda, cinco brasileiros estavam dentro da área e não impediram a cabeçada.

TABU PELA FRENTE

Além de precisar corrigir os erros e melhorar a performance coletiva e individual dos seus comandados visando o duelo com a Costa Rica, Tite terá de quebrar um tabu histórico. Nos cinco títulos conquistados de Copa do Mundo, o Brasil venceu na estreia: 3x0 na Áustria (1958); 2x1 na Espanha (1962); 4x1 na Checoslováquia (1970); 2x0 na Rússia (1994); e 2x1 na Turquia (2002).

Em apenas duas ocasiões - essa é a terceira - a seleção canarinho empatou na estreia. Na Alemanha, em 1974, empatou em 0x0 com a Iugoslávia e terminou em 4º. Já em 1978, na Argentina, ficou no 1x1 na estreia com a Suécia e findou em 3º.

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