A Colômbia está encarando a partida deste domingo (24), contra a Polônia, pela segunda rodada do Grupo H da Copa do Mundo, como uma final. E o cenário preocupante tem um motivo. Os sul-americanos perderam o primeiro jogo do Mundial, para o Japão, por 2x1, e, se saírem de campo com outro revés, praticamente minam suas chances de passar de fase. Do outro lado, os poloneses também têm a mesma preocupação, tendo em vista que saíram derrotados na estreia. A bola rola às 15h, em Kazan.
O Grupo H ainda conta com Japão e Senegal. E foram os senegaleses os algozes da Polônia na estreia, vencendo os europeus por 2x1. O placar deixou a equipe africana em segundo na chave, com três pontos. Atrás dos asiáticos, que possuem a mesma pontuação, mas que lideram pelos critérios de desempate.
O meia James Rodriguez deve ser a principal novidade na equipe do técnico José Pékerman na partida de hoje. O jogador, por conta de desgaste físico, ficou no banco de reservas no primeiro jogo. Contudo, treinou entre os titulares durante a semana, pelo menos na parte do treinamento que a imprensa teve acesso ao campo. No duelo ante os japoneses, ele entrou na equipe no lugar do meio-campo Quintero.
Enquanto de James alimenta as chances de poder entrar como titular hoje, o volante Carlos Sánchez será ausência certa na partida. O defensor foi expulso ainda no começo do confronto contra o Japão e ainda não tem um substituto definido. Aguilar e Uribe lutam pela vaga.
“Temos outros jogadores que podem cumprir bem essa função. Somos 23 e qualquer um pode entrar e dar conta da orientação. Temos jogadores competentes para fazer essa função muito bem”, disse Uribe.
A seleção polonesa também vive a expectativa de mudanças na equipe titular contra a Colômbia. Uma dessas alterações pode ser a entrada de Bereszynski na vaga de Piszczek, na lateral direita. Questionado sobre a possível chance nos 11 iniciais, o jogador adotou um discurso diplomático.
“Sobre esses detalhes, é cedo demais para falar. A decisão sobre a escalação é do treinador, mas posso garantir que cada um dos jogadores, se for titular ou sair do banco contra Senegal, tem uma grande vontade de jogar. É por isso que estamos aqui. Se eu tiver uma chance, farei o meu melhor. Estou pronto”, afirmou.
Outra mudança poderá ser feita na Polônia, mas esta não tem nada a ver com a entrada e saída de atletas do time titular. Para o zagueiro Michal Pazdan, em entrevista à Fifa, o grupo deve mostrar “o que pode fazer” na Copa do Mundo.
“Em vez de falar, devemos mostrar que somos uma equipe polonesa, mostrar o que podemos fazer. Não devemos dizer que faremos isso ou aquilo contra a Colômbia. Não fomos nós mesmos contra Senegal. Muita coisa no jogo (contra Senegal) deixou a desejar. Os jogadores ficaram chateados porque as coisas não estavam indo bem. Não conseguíamos avançar nem sequer cinco metros”, disse.
CRÍTICAS
A expectativa em torno de uma campanha vitoriosa da Polônia na Copa do Mundo se dá pelos resultados da seleção nas Eliminatórias: oito vitórias em dez jogos. O presidente da Federação Polonesa de Futebol, Zbigniew Boniek, saiu em defesa do grupo no meio da semana, após as críticas por conta da derrota na estreia.
“O caráter das pessoas é conhecido em situações difíceis como essa, mas ainda não é uma situação trágica. Tudo ainda depende apenas de nós. Ganhamos e perdemos juntos”, analisou o dirigente polonês.