Durante a semana, o foco total do protagonismo no duelo entre Uruguai e Portugal, pelas oitavas de final da Copa do Mundo, foi na rivalidade espanhola entre Luis Suárez, do Barcelona, e Cristiano Ronaldo, do Real Madrid. Mas ‘esqueceram’ que tinha outro craque em campo neste sábado (30): Edinson Cavani. Com dois do atacante do PSG em Sochi, a Celeste bateu os lusos por 2x1 e está entre os oito melhores do Mundial na Rússia. Nas quartas, pega a França, que passou pela Argentina de Messi.
Contestado até no próprio clube, apesar dos 40 gols em 48 jogos, Cavani não começou bem na Copa. Nas duas primeiras partidas, contra os frágeis Egito e Arábia Saudita, não conseguiu balançar as redes, perdendo várias oportunidades. Já ante a Rússia, mesmo sem jogar tão bem, reagiu: fez um dos três gols da vitória contra os donos da casa. Neste sábado (30), nas oitavas, renasceu.
O JOGO
Em jogo de craques no ataque, só os do Uruguai brilharam no primeiro tempo. E foi logo cedo: aos seis minutos, Cavani virou o jogo para Suárez, num lançamento de 52 metros. Pela esquerda, Luisito esperou e devolveu com cruzamento na cabeça do companheiro, que estufou as redes de Rui Patrício. Deu nem tempo de Cristiano Ronaldo olhar no telão: já estava perdendo o jogo. “Que sorte do c...”, disse o gajo, flagrado pelas câmeras da transmissão, logo após a Celeste abrir o placar. Aos 21, Suárez quase o segundo de falta, mas Rui Patrício defendeu.
Além de sorte, outra coisa que Portugal não teve foi organização na etapa inicial. Mesmo com 60% de posse de bola, só finalizou uma vez, em cabeçada para fora de Fonte, aos 10 minutos. Muito marcado, Cristiano Ronaldo só teve uma chance, em falta que explodiu na barreira. No mais, um time burocrático e sem criatividade nos primeiros 45 minutos.
No segundo tempo, Portugal já voltou mais incisivo e foi premiado logo no início, na sua jogada mais forte: a bola alçada na área. Com nove minutos, Bernardo Silva cruzou e Pepe subiu sozinho para estufar as redes do Uruguai. Mas a resposta foi praticamente imediata: sete minutos depois, Betancur rolou para Cavani, que bateu de primeira, no ângulo esquerdo de Rui Patrício. Balde de água fria nos lusos, que começaram dominando a etapa final.
Após o vacilo de Portugal que rendeu o segundo do Uruguai, a Celeste foi pro seu principal ponto forte: a defesa. Principalmente porque o craque do jogo, Edinson Cavani, saiu sentindo a panturrilha direita aos 25 minutos. E o time não atacou mais. Já os lusos apostaram na jogada aérea novamente, que rendeu o gol de empate. A pressão dos europeus foi forte no final, mas a segurança da zaga sul-americana, que só tomou um gol na Copa, prevaleceu.