A seleção brasileira chegou nesta quinta-feira (5) a Kazan, onde esta sexta (6) enfrentará a Bélgica, pelas quartas de final do Mundial da Rússia. A recepção foi uma grande festa e envolveu cerca de 200 torcedores na porta do hotel da cidade. Os jogadores passaram diante dos fãs, acenaram e ouviram cantos e gritos de apoio.
Como já virou tradição nesta Copa, o grupo de brasileiros recepcionou os atletas cantando “Brasil, Olê, Olê”, o “hino” da torcida no Mundial. Também gritou os nomes de Tite, de cada um dos atletas e até de Daniel Alves, que seria o capitão do time, mas ficou fora do evento com uma lesão no joelho.
Tite concederá entrevista coletiva nesta quinta (5), ao lado do capitão Miranda, na Arena Kazan, palco da partida contra a Bélgica. Em seguida, o time segue para o antigo estádio do Rubin Kazan, onde fará o último treinamento antes das quartas de final, que começa às 15h (de Brasília).
Brasil x Bélgica
Nos últimos dois anos, Brasil e Bélgica conseguiram aliar um futebol consistente e competitivo, com performances vistosas. Essa mistura levou as duas seleções ao topo do ranking da Fifa (2º e 3º respectivamente). Para saber o mérito dos dois trabalhos basta olhar para o banco de reservas. Tanto Tite, quanto Roberto Martínez, assumiram o comando das seleções na metade de 2016 e, desde então, conseguiram colocar em prática suas filosofias de trabalho com sucesso. Enquanto o brasileiro aposta numa formação que prioriza o equilíbrio entre os setores, o espanhol opta por um esquema tático ofensivo e que visa sempre o gol. Por isso, sexta-feira, a definição para saber quem avança às semifinais da Copa vai passar diretamente por quem fizer a melhor escolha tática.
Desde o Corinthians, Tite já simpatizava com o 4-1-4-1, pois ele consegue com essa formatação fazer algumas variações táticas sem queimar uma substituição. Quando tiver com a bola, ataca num 4-3-3. Sem a posse, recompõe na formação inicial. Essa estratégia também foi usada na seleção. E funcionou. Em 25 jogos, foram 20 vitórias, quatro empates e apenas uma derrota.
Mas, na reta final da preparação para a Copa, Tite ganhou uma boa dor de cabeça. Se no 4-1-4-1, ele atuava com Casemiro fixo, e na linha de quatro ofensiva jogavam Neymar, Renato Augusto, Paulinho e Coutinho aberto pelo direita, com as boas performances de Willian no Chelsea e na seleção, o treinador se viu obrigado colocá-lo como titular. A saída foi sacar Renato. Mas, a troca, não foi só de peças. Isso também acarretou numa mudança de esquema. Mas mesmo no 4-2-3-1, o Brasil seguiu equilibrado e sofreu apenas um gol no Mundial.