COPA DO MUNDO

Tite e Roberto Martínez vão travar um duelo tático nas quartas da Copa

Brasil x Bélgica se enfrentam na próxima sexta-feira, às 15h, na Arena Kazan

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Filipe Farias
Filipe Farias
FILIPE FARIAS
Publicado em 05/07/2018 às 7:03
Fotos: AFP
Brasil x Bélgica se enfrentam na próxima sexta-feira, às 15h, na Arena Kazan - FOTO: Fotos: AFP
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Nos últimos dois anos, Brasil e Bélgica conseguiram aliar um futebol consistente e competitivo, com performances vistosas. Essa mistura levou as duas seleções ao topo do ranking da Fifa (2º e 3º respectivamente). Para saber o mérito dos dois trabalhos basta olhar para o banco de reservas. Tanto Tite, quanto Roberto Martínez, assumiram o comando das seleções na metade de 2016 e, desde então, conseguiram colocar em prática suas filosofias de trabalho com sucesso. Enquanto o brasileiro aposta numa formação que prioriza o equilíbrio entre os setores, o espanhol opta por um esquema tático ofensivo e que visa sempre o gol. Por isso, sexta-feira, a definição para saber quem avança às semifinais da Copa vai passar diretamente por quem fizer a melhor escolha tática.

Desde o Corinthians, Tite já simpatizava com o 4-1-4-1, pois ele consegue com essa formatação fazer algumas variações táticas sem queimar uma substituição. Quando tiver com a bola, ataca num 4-3-3. Sem a posse, recompõe na formação inicial. Essa estratégia também foi usada na seleção. E funcionou. Em 25 jogos, foram 20 vitórias, quatro empates e apenas uma derrota.

Mas, na reta final da preparação para a Copa, Tite ganhou uma boa dor de cabeça. Se no 4-1-4-1, ele atuava com Casemiro fixo, e na linha de quatro ofensiva jogavam Neymar, Renato Augusto, Paulinho e Coutinho aberto pelo direita, com as boas performances de Willian no Chelsea e na seleção, o treinador se viu obrigado colocá-lo como titular. A saída foi sacar Renato. Mas, a troca, não foi só de peças. Isso também acarretou numa mudança de esquema. Mas mesmo no 4-2-3-1, o Brasil seguiu equilibrado e sofreu apenas um gol no Mundial.

BÉLGICA

Do outro lado, para tentar superar o favoritismo brasileiro, Roberto Martínez guarda a sua estratégia a sete chaves. À frente da Bélgica, o treinador espanhol tem optado por um esquema bem ousado e que tem sido muito utilizado na Europa: 3-4-3. Em 24 jogos sob o seu comando, os belgas marcaram incríveis 76 gols - 12 só no Mundial da Rússia.

Mas, tanta ousadia pode custar a classificação às semifinais. Os Diabos Vermelhos perceberam isso contra o Japão, quando levaram 2x0 e tiveram de suar para virar o placar. Por isso, contra o Brasil, Martínez deve abrir mão de sua convicção tática e optar por uma formação mais equilibrada. A expectativa é que ele espelhe a sua escalação com a da seleção canarinho, atuando também num 4-2-3-1. O treinador não joga com uma linha de quatro defensiva desde outubro de 2016.

Caso isso aconteça, as prováveis mudanças seriam as saídas de Carrasco e Mertens para as entradas do volante Fellaini e do atacante Chadli. Os dois são mais altos e recompõem melhor defensivamente. Além disso, as trocas proporcionam mais liberdade para De Bruyne armar o time e atuar mais próximo ao gol.

 

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