A Copa do Mundo da Rússia volta em grande estilo hoje, quando França e Bélgica abrem as semifinais da competição, a partir das 15h (de Brasília), no estádio Krestovsky, em São Petersburgo. Os belgas chegam após triunfar por 2x1 no duelo histórico diante da seleção brasileira. Já os franceses despacharam outro representante sul-americano, o Uruguai, com uma vitória por 2x0. O ganhador do confronto seguirá para a grande decisão e disputará o título do Mundial, no próximo domingo. Além disso, também chegará com o status de favorito na final e verá a afirmação de sua badalada geração, os dois times são formados por jovens atletas de alta qualidade. Quem passar enfrenta o vencedor de Inglaterra e Croácia.
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Apesar da rivalidade que configura o encontro entre franceses e belgas, em questões políticas e culturais, o clima do jogo é de leveza. O técnico dos Blues, Didier Deschamps, entende que a competição alcançou um momento em que qualquer coisa pode acontecer. “Chegamos a um momento em que os times se conhecem e sabem as suas forças. Estamos com o grupo completo e isso para mim é o mais importante, pois muitas seleções sofreram com desfalques e perdas de atletas por cartões acumulados”, destacou Deschamps, que completou sobre o rival. “A Bélgica tem uma grande equipe e espero um jogo muito aberto e franco. A nossa ideia é impor o nosso estilo e chegar a esta grande decisão”, analisou o comandante da França.
Do outro lado, Roberto Martínez, treinador da Bélgica, ressaltou o momento histórico do confronto para o país. “Para nós é um momento incrível. Estamos repetindo um feito da melhor geração da história do futebol da Bélgica, que foi semifinalista na Copa do México em 1986. E ainda conseguimos eliminar a seleção brasileira, para muitos o melhor time da Copa. Agora temos um grande desafio pela frente, com a alegria e a certeza de quem sabe que pode manter o sonho ainda mais vivo”, analisou Martínez, treinador espanhol que, se avançar no torneio, garantirá à Bélgica a melhor campanha em uma edição de Mundial.
Poder de fogo
A força ofensiva das duas equipes chama muita atenção e promete ser um marco de muito equilíbrio do confronto. Além do talento de Paul Pogba no meio de campo, a França tem uma linha de ataque de respeito, composta por Kylian Mbappé, Antoine Griezmann e Olivier Giroud. Na Bélgica o maestro é Kevin De Bruyne, auxiliado por Marouane Fellaini na missão de municiar os “imparáveis” Eden Hazard e Romelu Lukaku.
A França conta com todos os jogadores do elenco a sua disposição, mas Deschamps tem uma dúvida de ordem tática no meio de campo, onde Corentin Tolisso e Blaise Matuidi disputam a condição de titular.
A Bélgica, por sua vez, sofre com o desfalque do lateral-direito Thomas Meunier, suspenso por ter recebido dois cartões amarelos. Nacer Chadli será improvisado no setor, enquanto a vaga deixada por ele será preenchida por Thomas Vermaelen, que promete reforçar ainda mais a marcação. Os Diabos Vermelhos ainda apresentam o melhor ataque da Copa, com 14 gols em cinco partidas disputadas – nove jogadores já balançaram as redes até agora. É a única seleção que venceu os cinco jogos na competição e mantém uma invencibilidade de 24 partidas (19 vitórias e 5 empates), um recorde na história da equipe.