Equilíbrio é uma das melhores definições para o duelo entre França e Croácia, no domingo, às 12h (horário de Brasília), pela final da Copa do Mundo da Rússia. No caminho até a grande decisão, croatas e franceses apresentaram semelhanças que se refletem nas estatísticas oficiais da Fifa para as duas seleções. Com pequenas variações nos dados, seja para um ou outro lado, as campanhas acabam sendo bem parecidas no decorrer do Mundial. Assim, a expectativa é de uma partida bem igual, com o título podendo ser definido nos detalhes.
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Para começar, as duas equipes ainda não sabem o que é perder na Copa do Mundo. A França tem cinco vitórias (Austrália, Peru, Argentina, Uruguai e Bélgica) e um empate (Dinamarca), enquanto a Croácia tem quatro êxitos (Nigéria, Argentina, Islândia e Inglaterra) e duas igualdades (Dinamarca e Rússia). Ambas também passaram em primeiro nos seus grupos, com os croatas tendo uma melhor campanha, com 100% de aproveitamento e nove pontos, enquanto os franceses fizeram sete. No mata-mata a história se inverte, com a França tendo vencido todos os jogos e a Croácia avançando após três prorrogações, sendo que duas delas acabaram nas disputas de pênaltis.
O fato dos croatas terem jogado mais minutos do que o adversário, são 679 contra 580, é o que traz algumas diferenças entre as seleções. Com mais tempo em campo, os país da região dos Bálcãs trocou mais passes e até finalizou mais (ver arte ao lado). O equilíbrio, porém, permanece na média, tanto que são 12 gols marcados e cinco sofridos pela Croácia, contra 10 e quatro da França respectivamente.
CRAQUE DA COPA
Tanta igualdade coletiva acaba se refletindo no aspecto individual das duas seleções. Nem mesmo os destaques Mbappé, pelo lado francês, e Modric, pelo lado croata, aparecem entre as principais estatísticas da Copa. As duas equipes não possuem o artilheiro do Mundial (o inglês Harry Kane com seis gols) e nem mesmo o jogador que mais chutou a gol, que ainda é o brasileiro Neymar com 13 finalizações. Já na hora de defender, apenas um atleta das duas seleções aparece com maior destaque. O volante Kanté, da França, é o que mais recuperou bolas, com 58 recuperações em seis jogos.
Com a divisão de protagonismo diluída, torna difícil até mesmo cravar com certeza quem será craque da Copa. Mbappé e Modric surgem como os mais cotados nos dois times, mas uma apresentação mais destacada de nomes como Griezmann ou Perisic pode surpreender. Também existe a possibilidade do melhor do Mundial não vir de um finalista, como ocorreu em 2010, na África do Sul, quando o atacante uruguaio Diego Forlán foi eleito, mesmo com a decisão tendo sido entre Espanha e Holanda.
