Copa 2022

Protestos contra condições de trabalho no Catar para Copa 2022

Carregando faixas e cartões vermelhos com mensagens contra a Fifa, os manifestantes promoveram um apitaço na porta da entrada principal da sede da entidade

Do JC Online
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Publicado em 03/10/2013 às 15:23
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A reunião realizada pela Fifa, nesta quinta-feira (3/10), em Zurique (Suíça), para discutir uma possível mudança nas data da Copa do Mundo de 2022, no Catar, vem gerando polêmica não só pelo que ocorre dentro das salas da sede da entidade. Centenas de pessoas cercaram o local e protestaram contra as condições de trabalho no país-sede do Mundial.

Carregando faixas e cartões vermelhos com mensagens contra a Fifa, os manifestantes promoveram um apitaço na porta da entrada principal da sede da entidade. Eles reclamaram contra as condições de trabalho dos operários envolvidos nas obras do Mundial.

Recentemente, o jornal inglês The Guardian publicou uma reportagem denunciando a utilização de trabalho escravo em construções da Copa de 2022. De acordo com o diário, em matéria publicada na semana passada, mais de 40 trabalhadores morreram no Catar entre 4 de junho e 8 de agosto (mais da metade por problemas cardíacos ou acidentes de trabalho).

Uma das obras com problemas é a da construção da Lusail City, local onde será erguido o estádio da final do Mundial. Segundo o jornal, os imigrantes têm ficado meses sem receber salário, além de terem os passaportes confiscados por empregadores e não receberem água para beber no deserto. Por isto, o grupo de manifestantes desta quinta carregou faixas com os dizeres “Cartão vermelho para a Fifa” e “Não à Copa do Mundo no Catar sem direitos dos trabalhadores”.

Apesar disto, a reunião segue acontecendo a portas fechadas dentro da sede da entidade. O principal assunto é a mudança nas datas de realização da Copa do Mundo de 2022. Incialmente marcado para junho, o Mundial pode acontecer em janeiro, por causa das altas temperaturas registradas no meio do ano (verão no hemisfério norte).

Recentemente, o presidente da Fifa, Joseph Blatter mostrou ser favorável à mudança. No entanto, a pressão de dirigentes europeus, que veriam o principal torneio de futebol do mundo ser realizado no mesmo período da Liga dos Campeões da Europa, pode fazer com que o Mundial se mantenha em junho. As reuniões acabam na sexta-feira, e a expectativa é de que, até lá, tudo seja definido.

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