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Mitos mexicanos sobre Ronaldinho falam de bar gigante e falta de gorjeta

A mitologia envolve o craque brasileiro desde que chegou em setembro ao Querétaro

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Publicado em 28/05/2015 às 16:28
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A mitologia envolve o craque brasileiro desde que chegou em setembro ao Querétaro - FOTO: AFP
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SÃO PAULO - Na conservadora cidade mexicana de Querétaro, os mitos e lendas sobre Ronaldinho Gaúcho, 35, seu habitante mais famoso, são variadas e estrambóticas: dizem que ele chega sempre atrasado aos treinos e que nas discotecas manda apreender os celulares de todos para que não tirem fotos dele.

Também asseguram que se dava muito mal com seu técnico anterior, Ignacio Ambriz; que frequenta dois bares de Querétaro ou, pelo contrário, que prefere organizar festas em sua mansão no exclusivo bairro de El Campanario, onde tem um balcão de bar tão grande quanto seu campo de futebol de areia.

A mitologia envolve o craque brasileiro desde que chegou em setembro ao Querétaro, que nesta quinta-feira (28) disputará pela primeira vez em sua história a final do Campeonato Mexicano. O adversário será o Santos Laguna.

Na cidade colonial, a 200 km da Cidade do México, muitos dizem conhecer Ronaldinho, mas poucos sabem exatamente o que ele faz em sua rotina.

A casa de Ronaldinho é seu refúgio, onde ele vive com seu irmão e empresário, Roberto de Assis, e onde junta a maior parte de seus amigos, que vão e vêm do Brasil.

"Ele vive muito alegre. Com música, seus amigos e seu irmão, é a pessoa mais feliz. Não precisa de muito para se divertir", explica o presidente do Querétaro, Arturo Villanueva.

No clube de golfe de El Campanario, as pessoas se surpreendem por nunca terem visto Ronaldinho aproveitar as instalações.

"Uma vez seu irmão veio aqui perguntar os preços e o Ronaldinho nem saiu da camionete para cumprimentar", disse uma funcionária do clube, que considera uma deselegância a ausência do jogador no resort que cobra US$ 24 mil a cada novo sócio.

Mas no Rinconcito, um bar popular que transmite todas as partidas do Querétaro, o proprietário Daniel Pérez ainda recorda com emoção o dia em que Ronaldinho entrou, tomou limonadas e comeu tacos com amigos.

"É um garoto muito humilde, tranquilo, nada palhaço", rememora o torcedor de 41 anos que decidiu pendurar a camisa assinada pelo brasileiro do lado do balcão do bar.

No elegante restaurante de mariscos Yellow Fish, ele foi atendido ao menos cinco vezes. O brasileiro foi descrito como uma pessoa discreta e amável, que se despede com abraços e não nega autógrafos a ninguém.

Ronaldinho costuma comer no restaurante alguns dias antes dos jogos com um grupo reduzido de umas cinco pessoas, e pede somente pratos simples como "huachinango" (peixe) grelhado, às vezes ousa e pede os picantes "aguachiles" (uma espécie de ceviche mexicano), que ele marina em vinho rosé.

Mas o craque não tem o costume de deixar gorjeta.

"Não sei se não é costume no Brasil, mas quando ele chega, na verdade, ninguém quer atendê-lo", reclama um garçom do restaurante. Mesmo assim, tem orgulho da foto que tirou com o jogador da última vez que ele apareceu no local.

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