O promotor Roberto Brayner do caso Tragédia no Arruda está tão confiante na condenação dos três acusados de matarem o torcedor do Sport Paulo Ricardo, de 26 anos, com um vaso sanitário arremessado das arquibancadas do Arruda, no ano passado, que abriu mão de interrogar testemunhas no júri popular do processo. O julgamento está acontecendo na manhã desta quarta-feira (2), no Fórum Rodolfo Aureliano, em Joana Bezerra. Ele defende a tese de que Waldir Pessoa Firmo Júnior, Luiz Cabral de Araújo Neto e Everton Felipe Santiago Santana sejam punidos de forma equivalente por homicídio consumado e três tentativas de homicídio duplamente qualificado.
“Com muita serenidade, estamos aguardando a condenação dos três. Eles merecem ser punidos igualmente. Tanto quem retirou o vaso, quanto quem ajudou a transportá-lo e, por fim, arremessou. Todos merecem ser punidos. As provas do processo são todas nesse sentido”, comentou Roberto Brayner.
O promotor pretende desqualificar a tese de vandalismo, sustentada pelos advogados de Luiz Cabral. “É apenas vandalismo arremessar um vaso sanitário arquibancada abaixo após uma partida de futebol? Quem arremessou assumiu o risco de acertar alguém lá em baixo”, comentou.
O júri popular desta quarta-feira (2) acontece pouco mais de dois meses depois de o primeiro julgamento ter sido cancelado. Em 5 de junho deste ano, o defensor de Waldir Pessoa Firmo Júnior deixou o caso e o réu não conseguiu arrumar outro advogado no prazo estipulado pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco.