De Pernambuco para o mundo. No dia 19 de abril de 1972, nascia um menino franzino que começou a jogar bola nos campinhos de terra de Paulista e terminou por encantar o planeta nos estádios mais badalados da Europa. O magrelo Rivaldo Vítor Borba Ferreira escreveu seu nome na história do futebol mundial. Nesta terça (19), completou 44 anos, ainda com o porte físico que o caracterizou, exbindo um sorriso no rosto de quem sabe que enquanto esteve em campo jogou o fino da bola.
O ex-jogador, que teimou em colocar o prefixo ex na profissão que escolheu e também escolheu a ele, postou uma foto nesta terça ao lado da esposa e dos filhos em seu perfil no Instagram. Todos sorridentes sinalizando com as mãos a nova idade do aniversariante que, na verdade, foi quem presenteou os amantes do futebol com uma carreira brilhante. "Não poderia começar melhor meu aniversário , com meu maior tesouro, minha família. 44 anos muito bem vividos, somente tenho que agradecer. Obrigado Jesus", escreveu na publicação.
Revelado pelo Santa Cruz em 1990, Rivaldo foi aparecer para o futebol atuando pelo Mogi Mirim em 1992, ao lado de Válber e Leto. Depois de brilhar no que ficou conhecido como 'Carrossel Caipira', o meia foi emprestado ao Corinthians. Em 1994, foi comprado em definitivo pelo Palmeiras, onde conquistou o Campeonato Brasileiro e durante dois anos e marcou época em um dos ataques mais poderosos do Brasil, que também contava com craques como Evair, Edmundo, Edílson, Djalminha e Luizão.
Depois de sair do Brasil, Rivaldo teve rápida passagem pelo La Coruña antes de chegar ao Barcelona. Foi no time catalão que o brasileiro alcançou o status de craque mundial. Até deixar o Camp Nou em 2002, foram dois títulos do Campeonato Espanhol (1997/1998 e 1998/1999), uma Copa do Rei (1998) e uma Supercopa da Europa (1997), além de ser eleito o Melhor jogador do Mundo pela Fifa em 1999.
Após desavenças com o técnico holandês Louis van Gaal, o recém campeão do mundo foi atuar no Milan (2002 a 2004), mas sem muito destaque. Depois, Rivaldo começou a rodar por diversas equipes: Cruzeiro (2004), Olympiakos (2004 a 2007), AEK Atenas (2007 a 2008), Bunyodkor-UZB (2008 a 2010), São Paulo (2011), Kabuscorp-ANG (2012) e São Caetano (2013). Nesta temporada, Rivaldo atuou pelo Mogi Mirim por duas partidas e teve a oportunidade de dividir o gramado com seu filho, Rivaldo Júnior, durante 30 minutos.
A vitoriosa carreira de Rivaldo pela seleção brasileira começou em dezembro de 1993, contra o México. Neste jogo, a aposta do comandante Carlos Alberto Parreira marcou o primeiro de seus 37 gols com a amarelinha. Com a camisa 10 da seleção brasileira foi decisivo no vice-campeonato mundial, em 1998, e no título de 2002, quando foi vice-artilheiro da Copa da Coreia e do Japão, com cinco gols.