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Para Estaduais respirarem, Evandro cobra Nordestão mais curto

Presidente da FPF vai liderar comitiva à CBF para pedir mudança na fórmula de disputa da Copa do Nordeste

ALEXANDRE ARDITTI
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ALEXANDRE ARDITTI
Publicado em 30/01/2017 às 12:36
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Presidente da FPF vai liderar comitiva à CBF para pedir mudança na fórmula de disputa da Copa do Nordeste - FOTO: JC Imagem
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A baixa média de público da 1ª rodada do Hexagonal do Título do Pernambucano (2.889 torcedores/partida), no fim de semana, acendeu a luz de alerta na Federação Pernambucana de Futebol. Preocupado, o presidente Evandro Carvalho fez pela manhã contato com as outras federações nordestinas para saber como foi a presença de torcedores nas largadas dos demais Estaduais e também se deparou com números ruins. Por isso, decidiu liderar uma comitiva com oito mandatários à sede da CBF, na próxima quinta-feira (2/2), no Rio. Em pauta, um apelo: para que a Copa do Nordeste tenha sua fórmula de disputa alterada a partir de 2018.

Evandro apontou vários fatores que contribuem para a baixa média de público na largada dos Estaduais, como a violência e a crise financeira que afeta o País na atualidade. No entanto, para ele, o principal é a concorrência com a Copa do Nordeste. “Do modo que está (a Copa do Nordeste), com 20 clubes e quatro meses de disputa, não dá. Ou o Nordestão volta a ser uma copa, iniciando e terminando antes dos Estaduais, ou tem que ser extinto”, disparou Evandro, que cobra a Copa do Nordeste com 16 clubes e realizada em tiro curto a partir do ano que vem.

"A Copa do Nordeste está desvirtuada. A CBF misturou futebol e política e estrangulou os Estaduais. Não temos mais datas. Os Estaduais na região passam por dificuldades, mas estamos num momento de reviravolta. Temos que resolver isso de uma vez por todas. Não podemos mais esperar”, disse o mandatário da FPF, lembrando que os Estaduais no Nordeste geram cerca de 14 mil empregos diretos. “Se os Estaduais acabarem, estaremos contribuindo ainda mais para a crise que afeta o País”, completou, lembrando que o Pernambucano é o único Estadual da região com superávit. 

 

Além da concorrência com a Copa do Nordeste, Evandro apontou outros fatores para a queda de público nos Estaduais. “Em Pernambuco, sabemos que a extinção do programa Todos com a Nota teria um impacto grande no público. A crise financeira que abala o País é outro fator negativo. Tem também a questão da violência, que assusta os torcedores de bem. Além disso, é início de competição. O Náutico não teve o fim de Série B que se esperava, enquanto o Santa Cruz foi rebaixado”, disse. “Mas não temos dúvidas que, à medida que o campeonato aquecer, a média de público vai subir”, completou Evandro.


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