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FPF, Central, Náutico e Santa Cruz: noite de mudanças no Pernambucano

Segunda foi marcada por alterações na segunda rodada, irritação do Náutico e resposta da FPF

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Publicado em 31/01/2017 às 5:45
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Segunda foi marcada por alterações na segunda rodada, irritação do Náutico e resposta da FPF - FOTO: Hélia Scheppa/ JC Imagem
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Uma noite de muitas mudanças na 2ª rodada do Pernambucano. Na última segunda (30), o dia começou com a Ilha do Retiro sendo o palco do jogo entre Central e Náutico, passou pela possível troca de jogos do Santa Cruz no Estadual e no Nordestão, depois se voltou a partida entre alvirrubros e alvinegros para Caruaru e terminou o dia com reclamações do Timbu e uma forte resposta do presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho.

O que ficou definido: Central e Náutico será no estádio Antônio Inácio, nesta quarta (1), a partir das 20h30, e o duelo do Tricolor do Arruda permanece no Arruda, mas teve o horário alterado para às 21h30. Os dois jogos no horário do Recife.

ILHA DO RETIRO

Na última sexta (27), a FPF mudou a data da partida entre Central e Náutico, válida pela segunda rodada do Pernambucano. “O gramado do estádio Luiz Lacerda (Lacerdão) está passando por reparos e não ficou pronto para receber o jogo”, afirmou a FPF, em nota oficial. Com isso, a partida foi realocada para a Ilha do Retiro.

A Patativa, no seu site oficial, criticou a postura da Federação, afirmando que era “inadmissível a adoção de critérios diferentes para jogos diante de equipes intermediárias e jogos diante dos ditos grandes”. O Belo Jardim jogou domingo contra o Salgueiro no Antônio Inácio de Souza. 

SANTA CRUZ

Nesta segunda (30), mais mudanças. Por meio de nota, a Polícia Militar não autorizou a realização de duas partidas na capital pernambucana, na próxima quarta (1), alegando questões de segurança. Além de Central e Náutico na Ilha, que estava marcado para às 21h30, o Santa Cruz enfrentaria o Belo Jardim, no Arruda, uma hora mais cedo.

Com a determinação da PM, a FPF pediu para o Tricolor adiar o duelo para a quinta-feira (2). O clube aceitou, mas pediu que também fosse adiado o Clássico das Emoções, pela Copa do Nordeste, do sábado para o domingo. Algo que não foi aceito pela Esporte Interativo, detentor dos direitos televisivos da competição.

“A gente tentou. Recebemos o comunicado da Federação e de pronto aceitamos passar para a quinta-feira às 20h. Mas como vou mudar se o jogo (do Nordestão) não pode ir pro domingo por causa da televisão? Como vou jogar quinta às oito da noite e depois num sábado à tarde?”, explicou Constantino Júnior, vice-presidente da Cobra Coral.

CARUARU

Com a negativa das trocas no jogo do Santa, a FPF partiu para a outra partida. Da Ilha do Retiro, Central x Náutico voltou para Caruaru. Desta vez, no estádio Antônio Inácio, do Porto, rival da Patativa, e com capacidade para pouco mais de sete mil pessoas. Por questões de segurança, a partida será com torcida única, sem a presença da torcida alvirrubra.

“Houve uma gentileza do presidente da FPF (Evandro Carvalho) e agora vamos jogar em Caruaru. Foi uma exigência da Polícia Militar fazer um jogo apenas com a torcida da casa. Isso é ruim porque os torcedores do Náutico da região queriam assistir ao jogo. Vamos fazer o possível para que o Central possa botar até três mil pessoas. Espero que não tenhamos maiores problemas”, afirmou Licius Cavalcanti, presidente do Central. 

NÁUTICO

A nova mudança irritou a diretoria do Timbu, que vai reagir. A maior preocupação dos dirigentes alvirrubros, no entanto, não foi devido ao fato de jogar em Caruaru, mas sim pela proibição da entrada da torcida alvirrubra.

“Vamos estudar as providências a serem tomadas. O Náutico não vai aceitar as coisas que estão sendo impostas. Não vamos aceitar jogo de torcida única. Isso não existe. O Náutico está sendo punido por quê? Não vamos sair prejudicados e a medida que for necessária tomar vamos atrás”, disse Marcílio Sales, diretor de futebol do Náutico.

Com relação ao aspecto técnico, Wilton Bezerra acredita que o Timbu também saiu lesado com a mudança. “Isso prejudicou e muito a nossa programação. Teremos de mudar tudo a partir de agora. Temos de analisar a questão da viagem, pois ainda não definimos como vamos fazer. A maneira como aconteceu nos deixou chateados”, contou o auxiliar-técnico.

FPF

Mesmo com o descontentamento dos alvirrubros, Evandro Carvalho, presidente da FPF, deixou claro que a alteração do local onde a partida será realizada aconteceu por um único motivo: segurança. “Não importa se o Náutico aceita ou não. É imposição que tem que ser cumprida. Não podemos ir contra a segurança pública”, declarou o mandatário do futebol pernambucano.

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