ÁRBITRO DE VÍDEO

Uso de árbitro de vídeo no Pernambucano é comemorado por clubes

Custo será de R$ 140 mil

Matheus Cunha
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Matheus Cunha
Publicado em 07/05/2017 às 9:37
André Nery/Acervo JC Imagem
Custo será de R$ 140 mil - FOTO: André Nery/Acervo JC Imagem
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Em uso pela primeira vez no futebol brasileiro, o árbitro de vídeo estará em ação neste domingo no jogo entre Sport e Salgueiro, às 16h, na Ilha do Retiro. A um custo aproximado de R$ 140 mil (valor não foi revelado oficialmente), pago em conjunto pela Federação Pernambucana de Futebol (FPF) e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o novo integrante do quadro de árbitros vai atuar apenas em lances pontuais da partida.

O árbitro irá interferir em quatro situações. Quando um lance for gol ou não, se houver pênalti na jogada ou não, na correção de um cartão vermelho dado de maneira direta errônea e na identificação errada do jogador punido. As limitações na atuação do profissional são para não mudar a essência do futebol e interferir o mínimo possível na atuação do árbitro que estará dentro de campo.

Em entrevista ao Globo Esporte, da TV Globo, o ex-presidente da comissão nacional de arbitragem, Sérgio Correa, afirmou que o uso do assistente de vídeo era um desejo antigo da FPF. Segundo ele, a federação queria utilizar o recurso em 2016, mas foi vetada pela Fifa. Agora, a entidade respondeu a uma série de critérios assinados pela CBF e pela própria Fifa, recebendo autorização para o uso.

A novidade é vista com bons olhos tanto pelo Sport quanto pelo Salgueiro. Carlos José, diretor de futebol do Carcará, traçou um paralelo entre o futebol e outros esportes que já usam a tecnologia para aprovar a inovação. “É uma inovação no futebol. É importante, porque no vôlei, no basquete e até na Holanda tem árbitro de vídeo. É importante no futebol e vai auxiliar muito a arbitragem. Temos uma expectativa boa”, disse.

O técnico Ney Franco, do Sport, compartilha do mesmo discurso apresentado por Carlos José. “Todo mecanismo que se possa usar para melhorar ou diminuir os erros de arbitragem é bem vindo. É muito difícil apitar um jogo de futebol. Se for um instrumento para auxiliar o árbitro dentro de campo a não errar, eu acho válido”, explanou.

WILSON SOUZA

Ex-árbitro do quadro da Fifa, Wilson Souza se mostrou preocupado quanto à preparação do árbitro para os confrontos que terão o auxílio da tecnologia. Segundo ele, o profissional tende a se acomodar dentro de campo, já que poderá ser ajudado por terceiros.

“O cara ficaria andando dentro de campo, não precisaria de preparo físico. Pode acontecer que ele corra apenas de meia lua a meia lua, o famoso árbitro taça de champagne. Ele cai em uma situação de comodismo, porque ele tem amplos pontos eletrônicos que podem lhe auxiliar. Mas eu sou a favor do uso. O futebol não pode ficar sem usar a tecnologia. Não podemos enxergar isso como um vilão, mas sim como um auxílio”, afirmou.

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