Libertadores

Chapecoense vira nos acréscimos e espera tribunal

Durante a tarde, a Chapecoense foi punida pela Conmebol pela escalação irregular de Luiz Otávio diante do Lanús e viu ruir a possibilidade de classificação às oitavas da Libertadores.

Wladmir Paulino
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Wladmir Paulino
Publicado em 23/05/2017 às 22:00
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Durante a tarde, a Chapecoense foi punida pela Conmebol pela escalação irregular de Luiz Otávio diante do Lanús e viu ruir a possibilidade de classificação às oitavas da Libertadores. - FOTO: Foto: AFP.
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A Chapecoense mostrou mais uma vez muito coração nesta terça-feira. Horas depois de ser declarada eliminada da Libertadores por uma decisão judicial da Conmebol, a equipe saiu atrás do Zulia e era derrotada em plena Arena Condá quase até o apito final. Mas o time catarinense não desistiu em nenhum momento. E depois de acertar três bolas na trave do adversário, marcou duas vezes nos acréscimos e venceu por 2 a 1 para emocionar os torcedores que encararão a chuva em Chapecó para ir ao estádio.

Foi um fim heroico para uma terça que parecia ser melancólica para o clube catarinense. Durante a tarde, a Chapecoense foi punida pela Conmebol pela escalação irregular de Luiz Otávio diante do Lanús, teve derrota de 3 a 0 decretada naquela partida, que havia vencido por 2 a 1 no campo, na Argentina, e viu ruir a possibilidade de classificação às oitavas da Libertadores.

Talvez o baque tenha influenciado na partida deste terça, porque a Chapecoense entrou em campo um pouco dispersa. Mas em nenhum momento desistiu e, na base da raça e da insistência, foi buscar a virada no final. Agora, deixa o caso nas mãos de seu departamento jurídico, que promete recorrer da decisão da Conmebol e tentar selar a classificação às oitavas de final da Libertadores nos tribunais.

Se for mantido o cenário atual, a Chapecoense ao menos garantiu a classificação para a Copa Sul-Americana. A equipe poderá defender seu título graças ao terceiro lugar no Grupo 7, com sete pontos. O Lanús terminou na ponta com 13, após derrotar por 1 a 0, mesmo fora de casa, o Nacional-URU, que também se classificou, com oito. O Zulia foi o lanterna, com cinco.

A forte chuva que caiu em Chapecó durante toda a partida e o público abaixo do esperado davam um ar melancólico antes da partida desta terça. Com a bola rolando, o time da casa encontrou muito espaço pela direita e aos 11 minutos, Plazas quase marcou contra o próprio gol quando Apodi cruzou.

Os brasileiros dominavam completamente a posse de bola, rondavam a área adversária, mas não conseguiam finalizar com perigo. E o castigo veio aos 30 minutos, logo na primeira chegada do Zulia. Grolli e Girotto falharam, Unrein driblou com tranquilidade Nathan e bateu cruzado. A bola passou por Jandrei e ficou limpa para Arango tocar para o gol vazio.

A Chapecoense só viria a dar trabalho ao goleiro Vega aos 42 minutos, quando Reinaldo cobrou falta pela direita, Nathan desviou e a bola ainda tocou em Grolli antes da boa defesa do venezuelano.

No segundo tempo, a Chapecoense foi para cima e quase sofreu o segundo gol aos dois minutos, quando Orozco e Moreno fizeram grande jogada e a zaga apareceu para afastar. Aos cinco, Nathan torceu o tornozelo sozinho, caiu sentindo muitas dores, chorando, e precisou ser substituído por Fabrício Bruno.

O que parecia ser o pior momento da Chapecoense na partida, virou uma intensa pressão dos brasileiros. Aos sete, Rossi recebeu longo lançamento em rápida escapada pela direita, cortou o marcador e tocou para Wellington Paulista, que bateu de primeira, na trave. Aos 18, foi a vez de Plazas salvar o Zulia em cima da linha, após cabeceio de Arthur.

As chances se sucediam, principalmente pelo lado direito. O time brasileiro cresceu ainda mais após o cartão vermelho mostrado aos 25 minutos para Bello, por falta em Rossi. Somente cinco minutos depois, a Chapecoense acertou novamente a trave de Vega, desta vez com Grolli de cabeça.

Parecia não ser mesmo o dia dos catarinenses, que consagravam o goleiro Vega. Aos 33, ele realizou grandes defesas seguidas em cabeçadas de Wellington Paulista e Túlio de Melo. Logo depois, foi a vez de Neném finalizar firme da entrada da área e acertar o travessão.

Quando parecia que o ritmo da Chapecoense já não era mais o mesmo, saiu o empate. Aos 45, Rossi ficou com sobra na entrada da área e bateu cruzado. Arthur dominou e fuzilou para a rede. E virada heroica veio no minuto seguinte. Rossi, sempre com liberdade pela direita, cruzou na cabeça de Girotto, que finalizou para o gol.

FICHA TÉCNICA:

CHAPECOENSE 2 X 1 ZULIA

CHAPECOENSE - Jandrei; Apodi (Neném), Douglas Grolli, Nathan (Fabrício Bruno) e Reinaldo; Andrei Girotto, Luiz Antônio (Túlio de Melo) e João Pedro; Rossi, Arthur e Wellington Paulista. Técnico: Vágner Mancini.

ZULIA - Vega; Rivillo, Palomino, Plazas, Cuevas (Johao Martínez) e Bello; Junior Moreno, César Gómez, Arango e Orozco; Unrein (Guaycochea). Técnico: Daniel Farias.

GOLS - Arango, aos 30 minutos do primeiro tempo. Arthur, aos 45, e Andrei Girotto, aos 46 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Gustavo Murillo (Fifa/Colômbia).

CARTÕES AMARELOS - Wellington Paulista, Douglas Grolli, Andrei Girotto (Chapecoense); Vega, César Gómez (Zulia).

CARTÃO VERMELHO - Bello (Zulia).

RENDA - R$ 94.500,00.

PÚBLICO - 4.423 torcedores.

LOCAL - Arena Condá, em Chapecó (SC).

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