Um campeão inédito. Chile e Alemanha se enfrentam hoje, às 15h (horário de Brasília), no Estádio de São Petersburgo, na Rússia, na grande decisão da Copa das Confederações, sabendo que um dos dois irá levantar o troféu do torneio pela primeira vez. Quem conseguirá tal feito? Os chilenos que despacharam Cristiano Ronaldo e seus colegas portugueses, nos pênaltis, após empate sem gols, ou os alemães que atropelaram os mexicanos com uma goleada de 4x1? A única certeza é de que a conquista terá o gosto do ineditismo.
O Chile jamais disputou a Copa das Confederações e logo em sua primeira participação chega à final. Já a Alemanha ficou com a terceira posição na edição de 2005, quando sediou o torneio e viu o Brasil ser campeão. A Seleção Brasileira, por sinal, é a maior vitoriosa da história da competição com quatro canecos. O Brasil venceu também as edições de 1997, 2009 e 2013, quando fez 3x0 na Espanha na última final.
O Chile pode trazer o sexto título da Copa das Confederações para a América do Sul. Além do Brasil, a Argentina foi campeã na primeira edição, em 1992. Os europeus foram campeões três vezes. A França ganhou em duas ocasiões e a Dinamarca deu a volta olímpica em 1995. O México, eliminado pelos alemães nas semifinais deste ano, ganharam o caneco em 1999, batendo o Brasil na final.
Joachim Löw, treinador da Alemanha, acredita que sua equipe vai ter muitas dificuldades pelo estilo de jogo do Chile. “O Chile é um adversário complicado de se enfrentar, pois eles jogam com muita força e congestionam o meio-de-campo. Foi muito complicado jogar contra eles na primeira fase e agora, valendo título, vai ser ainda pior. Mas temos que tentar colocar em prática a nossa maneira de jogar. Vai ser uma decisão equilibrada, pois são times com propostas de jogo muito bem definidas”, analisou o treinador da Alemanha.
Na opinião do técnico do Chile, Juan Antonio Pizzi, a final também será uma luta contra o desgaste. “São duas equipes dando o máximo em campo e com maior parte de seu elenco atuando na Europa, portanto, estão no fim da temporada, pedindo férias. Além da luta pelo título, teremos que superar o desgaste. Mas isso serve para os dois times. O importante é manter a intensidade de nosso estilo de jogo”, disse Pizzi.
PRORROGAÇÃO
Pelo regulamento, caso a partida de hoje termine empatada no tempo regulamentar, acontecerá uma prorrogação de 30 minutos. Persistindo a igualdade, o campeão será conhecido na disputa de pênaltis.
As manifestações populares reprimidas com violência que “abriram” a Copa das Confederações na Rússia não voltaram a se repetir durante o evento-teste da Fifa para o Mundial de 2018. Nas quatro cidades-sede (Moscou, São Petersburgo, Kazan e Sochi), o torneio transcorreu de maneira positiva para os organizadores.
Quem deixa a Rússia após duas semanas de competição leva para a casa a sensação de que o Mundial tem tudo para acontecer sem sobressaltos. Era essa a impressão que o Kremlin queria passar ao mundo um ano antes da disputa.
