O Catar reafirmou que será a sede da Copa do Mundo de 2022 e criticou os Emirados Árabes Unidos, que vinculou a organização do torneio a "uma revisão da política" do país vizinho.
"O Mundial, como nossa soberania, não se negocia", afirmou o governo.
Na terça-feira, o ministro das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos, Anuar Gargash, pediu uma mudança de política do Catar.
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A organização pelo Catar da Copa do Mundo de 2022 deveria "incluir uma rejeição da política que apoia o extremismo e o terrorismo", escreveu o ministro no Twitter.
"É obrigatória uma revisão da política do Catar", afirmou Anuar Gargash em outro tuíte, quando a crise diplomática entre Doha e vários de seus vizinhos árabes entra em seu quinto mês.
Em 2010, o Catar obteve a organização do Mundial de 2022 de futebol, tornando-se assim o primeiro país árabe a ser escolhido como sede e organizador.
Emirados
"A exigência dos Emirados Árabes Unidos de que o Catar abandone a Copa do Mundo mostra que seu bloqueio ilegal está baseado em ciúmes mesquinhos", afirmou o governo do Catar.
Anuar Gargash estabeleceu em suas mensagens um vínculo entre a organização do Mundial e a atitude política do Catar, mas não pediu explicitamente a anulação do torneio.
As declarações de Gargash sobre o Mundial são uma nova tentativa de "minar nossa independência", afirmaram as autoridades do Catar.
"Catar receberá a primeira Copa do Mundo no Oriente Médio, cujos efeitos serão sentidos no Oriente Médio, além do Catar", completou o governo.