Os clubes que disputam o Brasileirão vetaram o uso do árbitro de vídeo no campeonato. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (5), durante a reunião do conselho arbitral realizada na sede da CBF, no Rio de Janeiro. A tecnologia, cujo nome oficial é VAR (sigla para árbitro assistente de vídeo), será utilizada na Copa do Brasil, a partir das quartas de final.
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No arbitral, 12 clubes se posicionaram contra a utilização do árbitro de vídeo no Campeonato Brasileiro: Corinthians, Santos, América-MG, Cruzeiro, Atlético-MG, Atlético-PR, Paraná, Vasco, Fluminense, Sport, Vitória, Ceará. Já Flamengo, Botafogo, Bahia, Chape, Palmeiras, Grêmio e Inter foram os clubes que votaram a favor da medida. O representante do São Paulo não esteve presente na votação.
Único representante pernambucano na Série A do Brasileirão, o Sport justificou o voto contra a medida por conta do alto custo de sua implementação. “O Sport é a favor de tudo que possa tornar o futebol um esporte mais justo. O nosso voto foi contrário porque não concordamos que os clubes custeassem a operação do sistema do árbitro de vídeo. Teríamos um custo por partida dentro de casa na ordem de R$ 50 mil. É um valor muito alto se pensarmos que cada time atua como mandante 19 vezes no campeonato”, afirmou o presidente Arnaldo Barros, que representou o clube no arbitral.
Já o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, explicou o voto favorável a adoção do VAR. "Mesmo que o Bahia tivesse que pagar por isso, mesmo que houvesse um custo alto, a gente defendeu o modelo, porque o prejuízo mesmo acontece quando há um erro contra o futebol", defendeu o mandatário do Bahia.
O goleirão Magrão, do Sport, se mostrou favorável à medida. "Deveria ter, pois vejo na Europa e funciona. Nós brasileiros não temos educação, não concordamos com o que é certo. Nos jogos na Europa, com um minuto, essa questão se resolve. Se foi pênalti ou não. Aí não reclamam com o juiz. Era algo que deveria existir aqui", declarou.
Outras medidas no Brasileirão
Além da questão do árbitro de vídeo, outras decisões foram tomadas pelos clubes durante o arbitral da CBF. Uma delas foi a aprovação dos gramados sintéticos no campeonato, substituindo o gramado natural. Atualmente, só a Arena da Baixada, em Curitiba, utiliza a grama sintética em seu campo.
Outra medida aprovada foi a permissão para a venda de cinco mandos de campo, desde que o clube visitante e a federação à qual o mandante é filiado concordem com a mudança de local. A venda, no entanto, não poderá ocorrer nas últimas cinco rodadas do torneio.