CHATEAÇÃO

'Se fosse no Japão, o jogo não continuaria', disse Nelsinho Baptista

Técnicos de Sport e Santa Cruz lamentam os incidentes ocorridos nas arquibancadas da Ilha do Retiro

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Filipe Farias
Filipe Farias
FILIPE FARIAS
Publicado em 08/03/2018 às 0:32
Foto Diego Nigro/JC Imagem
FOTO: Foto Diego Nigro/JC Imagem
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As cenas de confusão nas arquibancadas da Ilha do Retiro repercutiram bastante após a partida. O discurso foi um só entre rubro-negros e tricolores: lamentação! O presidente do Santa Cruz, Constantino Júnior, já se pronunciou dizendo que vai procurar tomar providências pela forma como o torcedor coral foi tratado no estádio leonino.

“Não queremos mudar o dedo, mas queremos saber como tudo isso originou. Como chegou a uma consequência dessas. Vamos estudar esse caso com o nosso departamento jurídico e depois levar para o STJD, FPF, pois é inadmissível o nosso torcedor vir para o jogo e ir parar no hospital, uns com fratura. Vamos procurar dar assistências aos feridos. Futebol tem de trazer pessoas ao estádio e não afastar. Temos de repensar essa situação. Isso não pode acontecer novamente. Teremos um novo clássico pela frente. É conversar com a Polícia Militar, Ministério Público, para agirmos de forma preventiva para reduzirmos esses episódios lamentáveis”, disparou Tininho.

Foto Diego Nigro/JC Imagem
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Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
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O técnico do Sport, Nelsinho Baptista, chegou a destacar que se esse incidente tivesse acontecido no Japão (país onde trabalhou por nove anos), a partida teria sido suspensa. “Lá (no Japão) tenho certeza que o jogo não continuaria. Quando tinha chuva com trovão, a partida parava, imagine em um caso desses. Principalmente quando tem pessoas envolvidas, com acidente, o jogo para totalmente”, comentou.

EXPERIÊNCIA NEGATIVA

Em seu primeiro Clássico das Multidões, o treinador coral Júnior Rocha também ficou chateado com as cenas que presenciou. “Foi uma coisa horrível para o nosso torcedor. Nunca tinha visto isso em seis anos de carreira como treinador. Na hora, eu não vi nada. Só depois que percebi que teve spray de pimenta quando passei para o vestiário. É uma pena que isso ainda ocorra no futebol. Era pra ser um clássico da paz”, lamentou.

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