A final inédita que o Central vai disputar não poderia ter um adversário melhor para o zagueiro Danilo Quipapá e para o volante Eduardo Erê. Revelados nas categorias de base do Náutico, os dois não escondem que essa decisão contra o ex-clube terá um gosto especial e uma dose a mais de motivação quando entrarem em campo.
“Com certeza. Fico feliz de chegar a essa final pelo Central e, principalmente, de ser contra o Náutico. É diferente, não tem como, pois passei oito anos jogando pelo Náutico. Lá, tive a oportunidade de disputar algumas finais de Pernambucano, mas tivemos a infelicidade de perder. Agora, defendendo o Central, quero buscar esse título inédito para o clube e quebrar esse tabu de os times do interior ainda não terem conquistado o troféu de campeão”, comentou Eduardo Erê. A última passagem do cabeça de área, de 30 anos, pelo Timbu foi na temporada de 2011.
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Mais jovem, Danilo Quipapá, de 24 anos, ainda conserva algumas amizades dos tempos da base alvirrubra. “Tenho amigos lá, sim. O bom do futebol é isso: deixar amigos por onde passa. Era muito próximo dos goleiros Bruno e Jefferson, que acabou deixando o clube para jogar no Atlético-GO”, declarou o zagueiro centralino.
O volante Eduardo Erê, por sinal, conhece bem o técnico Roberto Fernandes. Afinal, ele que lhe deu a primeira oportunidade como profissional. “Ele é um cara espetacular e um treinador muito estudioso. Sei como ele gosta de montar a sua equipe, mas acho que desde que trabalhamos juntos ele se atualizou ainda mais. Tenho um carinho por ele, pois me revelou e me colocou no cenário nacional. Com ele tive a chance de disputar uma Série A do Brasileiro e fico feliz de reencontrá-lo numa decisão”, falou.
Mesmo se tratando de um duelo entre um time da capital e um do interior, os atletas centralinos não acreditam que o Timbu tenha uma vantagem maior. “O Náutico tem um pouco de favoritismo pela estrutura e por ter jogadores de Série C. Nós temos um grupo de Série D. Mas dentro de campo as duas campanhas foram bem iguais na primeira fase, ambos terminaram com 19 pontos e venceram os dois confrontos anteriores do mata-mata. O Náutico tem um time compactado, bastante ajustado... Será uma partida difícil, pois as duas equipes jogaram bem iguais ao longo da competição, com um padrão bem semelhante. Então, acho que ambos chegam com 50% de chance para faturar o título”, apontou Erê.
FATOR CASA
A Patativa foi a única equipe que conseguiu vencer os alvirrubros no Pernambucano: 3x0, no estádio Luiz Lacerda, na 2ª rodada da primeira fase. Por isso, os alvinegros caruaruenses querem repetir o feito e fazer prevalecer o fator casa. “Provamos que somos fortes no Lacerdão ao longo da competição. O Náutico sabe disso. Acho que eles vêm um pouco retraídos, pois sabem que se fizermos uma vantagem será difícil de tirar lá na Arena”, analisou Eduardo.