Entrevista

De volta ao Estado, Rivaldo relembra carreira vitoriosa

Pernambucano é uma das grandes estrelas do Barça Legends

JC Online
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Publicado em 14/04/2018 às 11:04
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Pernambucano é uma das grandes estrelas do Barça Legends - FOTO: Guga Matos/JC Imagem
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De volta ao Estado para o duelo Barça Legends x Pernambuco Legends, o pernambucano Rivaldo será uma das grandes estrelas do jogo. Na véspera da partida, ele falou sobre a alegria de estar em casa, da realização como jogador e da maneira como foi tratado pelo Santa Cruz no começo da carreira. Detalhes pessoais das dificuldades que enfrentou quando sonhava em ser ídolo tricolor também foram revelados. Confira na entrevista a seguir.

PERNAMBUCO

Eu agradeço voltar para Pernambuco. Eu nunca tinha jogado na Arena, minha primeira oportunidade será agora, pelo Barcelona. Eu acho que vai ser legal e espero que a torcida compareça.

VESTIR A CAMISA DO BARCELONA

Para mim, é uma satisfação. De poder jogar essa partida com a camisa do Barcelona. Sempre têm esses jogos (do Barça Legends) e eu estou sempre à disposição. Foi um clube que, com certeza, marcou a minha vida. Foi onde eu fui reconhecido mundialmente. Por isso, eu fico sempre feliz.

REALIZAÇÃO

Todos nós nordestinos sabemos da dificuldade que é. Eu me considero um guerreiro de ter saído de Pernambuco e de ter feito uma história bonita, de ter sido o melhor jogador do mundo, campeão do mundo. Isso, para mim, é uma alegria enorme, por tudo que eu passei na minha vida, na infância e ter conseguido chegar onde eu cheguei. Então, quando eu venho a Pernambuco, fico viajando no tempo. Quando faço eventos e estou na Índia, China, Japão... o carinho que o povo tem por mim. Uma coisa que eu nunca imaginei quando eu era moleque. Em entrevistas antigas, meu sonho era jogar no Santa Cruz e ser ídolo no clube, mas consegui ser ídolo mundialmente.

SANTA CRUZ

Tinham muitas pessoas que acreditavam no Rivaldo, como muitas não acreditavam. O próprio Santa Cruz não acreditava. Eu fui mandado embora pelo clube. Mandaram eu estudar, que eu não servia para jogar bola. Isso foi triste para mim. E eu batalhei e consegui chegar onde eu cheguei. Mas só eu sei o que eu passei aqui. Mas sou grato ao Santa Cruz, sou Santa Cruz, torço pelo Santa Cruz, minha família também. É outra época e as pessoas que estavam naquele momento já não estão mais, mas foi difícil. Ser mandado embora e, logo depois, meu pai morreu e não ficou sabendo. Eu fiquei com vergonha. Morreu sem saber disso, porque ele tinha tanta confiança em mim, viu que eu poderia ser um profissional e era o meu único torcedor. Eu não podia falar isso para ele. Foi daí que eu fui jogar no Paulistano, fiz um bom campeonato e tive de jogar contra o Santa Cruz. Fiz gol contra o Santa e tive de voltar para lá porque eu tinha contrato com eles. Foi daí que o clube começou a me ajudar.

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