COPA DO MUNDO

Uruguai vence Egito no sufoco e assume segundo lugar do Grupo A

Com gol aos 44 do 2° tempo, Celeste teve trabalho para bater os africanos, que não contaram com Salah

Diego Borges
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Diego Borges
Publicado em 15/06/2018 às 11:03
Divulgação/FIFA
Com gol aos 44 do 2° tempo, Celeste teve trabalho para bater os africanos, que não contaram com Salah - FOTO: Divulgação/FIFA
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Uma verdadeira batalha em Ecaterimbugro. Em um jogo que evidenciou as limitações das duas equipes na Copa do Mundo, o Uruguai conseguiu superar a defesa do Egito com dificuldades, e venceu pelo placar magro de 1 a 0, com gol salvador do zagueiro Giménez, aos 44 do segundo tempo. Com o resultado, a Celeste Olímpica assume o segundo lugar do Grupo A, que tem a Rússia como líder pelo expressivo saldo de gols - cinco, contra um dos uruguaios.

A estreia de Egito e Uruguai na Copa do Mundo recebeu pressão antes mesmo do apito inicial do jogo. A goleada aplicada pela Rússia sobre a Arábia Saudita, logo na estreia, colaborou para aumentar a importância do duelo para as duas equipes. Ainda mais para os africanos, que começaram a partida com a principal estrela do time, Salah, no banco de reservas, além de todo o processo de adaptação ao fim do período do Ramadan - mês de jejum e autocontrole para os fiéis muçulmanos, praticado por cerca de 1,6 bilhão de pessoas no mundo inteiro.

O jogo

No entanto, apesar de todos os problemas, o Egito se sobressaiu no começo do jogo, travando as principais jogadas de ataque do Uruguai, com linhas defensivas bem armadas e avançando com precisão, assim como velocidade dos jogadores na recomposição da marcação. Porém, no quesito ofensividade, o time africano não conseguiu finalizar com perigo, evidenciando o peso da ausência do aniversariante do dia, Mohamed Salah.

A Celeste Olímpica explorou as jogadas aéreas e ainda tentou avançar pelos lados, sobretudo com Arrascaeta. Sem sucesso, assim como as investidas do zagueiro e capitão Godín, vindo de trás como fator surpresa. A melhor chance do primeiro tempo veio de uma jogada de bola parada aos 23 minutos, quando Suárez ficou com a sobra, mas finalizou rente à trave.

 Segundo tempo

Na volta para a etapa final, Salah seguiu no banco de reservas. E logo de cara, aos sete minutos, Suárez recebeu um ótimo passe de frente com o goleiro, mas esbarrou na boa defesa de Elshanawy.  A situação ficaria ainda mais delicada para o Egito, com a lesão de Hamed, um dos principais responsáveis pela marcação no meio de campo. Mas a entrada de Morsy não apenas manteve o ímpeto defensivo, como melhorou a chegada ao ataque.

 Percebendo a perda do controle do jogo, ‘El Maestro’ Oscar Tabárez - quarta Copa à frente do Uruguai e terceira consecutiva - realizou duas mudanças, acionando Sanchez e Rodrigues. Ofensivamente, as trocas surtiram efeito e a Celeste trabalhou melhor a bola, abrindo espaços na defesa rival, mas os erros no momento da assistência persistiram. Na melhor jogada, Suárez saiu novamente de frente com Elshanawy e mudou o repertório. O camisa nove tentou driblar pela direita do goleiro, mas foi travado pelo egípcio, que se sobressaiu em todas no duelo particular.

Apesar do clamor quase uníssono da torcida egípcia no estádio - compreensível em qualquer idioma - pela entrada do ‘Faraó’, Salah permaneceu no banco e viu Elshenawy quase consolidar-se como o grande heroi do jogo, após realizar uma defesa fantástica em chute de primeira de Cavani, aos 37 minutos e contar a sorte em boa cobrança de falta do atacante do PSG, e da interferência de Sánchez contra o próprio time no rebote.

O roteiro se desenhava como uma grande batalha de resistência para os egípcios, até que Gimenez fez prevalecer a diferença e estatura entre as duas equipes e subiu livre de marcação para cabecear e balançar as redes aos 44 minutos. Fim do jejum para os uruguaios, que não venciam em estreias na Copa do Mundo desde a edição de 1970, no México.

Egito

Elshenawy; Fathi, Gabr, Hegazy e Abdelshafy; Hamed(Morsy), Elneny, Warda(Ramadan), Abdalla e Trezeguet; Marwan Mohsen (Kahraba). Técnico: Héctor Cúper

Uruguai

Muslera; Varela, Giménez, Godín e Cáceres; Vecino(Torreira), Bentancur, Nández(Sánchez) e De Arrascaeta(Rodriguez); Cavani e Suarez. Técnico: Óscar Tabárez

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