A Copa do Mundo mal acabou e já deixa um sentimento de nostalgia para os torcedores ao redor do planeta. Ao mesmo tempo, o fim do Mundial também representa o início de um novo ciclo para o próximo, que será realizado no Catar, em 2022. Para as seleções e suas respectivas confederações, o momento é de realizar levantamentos e traçar o planejamento das próximas quatro temporadas - ao menos é o que se espera.
O balanço passa por diversos pontos. Entre eles, a análise dos resultados obtidos nos últimos anos, sobretudo, pelo aproveitamento técnico e tático de atletas e suas comissões técnicas, e como responderam às inovações nas formações, posturas e jogadas ensaiadas que foram apresentadas para o futebol na Rússia. Outras questões como relações interpessoais, projeção de idade e rendimento para a próxima Copa também são cruciais para as tomadas de decisões em cada caso específico das federações.
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O peso se torna ainda maior tendo em vista o novo formato de competições na Europa com a criação da Liga das Nações, que substituirá os amistosos na Europa e da Copa América, em 2019, a ser realizada no Brasil.
Para detalhar o panorama dessa fase de transição nos ciclos, o JC realizou levantamento sobre as condições de cada uma das seleções que garantiram vaga no mata-mata da Rússia, além da Alemanha, que caiu ainda na primeira fase, e das já tradicionais Itália e Holanda, que sequer participaram da última Copa, mas que possuem retrospecto de muito respeito.
Das três equipes que chegaram à Rússia como favoritas, Alemanha, Brasil e França devem optar por preservar suas filosofias de trabalho. Embora precisem de renovações pontuais em alguns setores, germânicos já renovaram com o técnico Joachim Löw e o escrete canarinho pode oficializar mais quatro anos com Tite no comando ainda nesta semana. Campeão, Deschamps tem vínculo garantido até 2020, para a Eurocopa.
Entre as demais campeãs mundiais, a Inglaterra também segue a mesma linha e deve ter o maior nível de manutenção dos jogadores para o Catar e ainda ganhar a chegada de novos valores da base campeã.
PERMANÊNCIA
Das as seleções consideradas emergentes, Bélgica e Portugal mantém seus treinadores, mas ambas precisarão renovar pelas. Os belgas têm a tendência de manter setor ofensivo praticamente intacto, mas precisam repor a defesa de idade mais avançada. Já Portugal lida com a incerteza de contar com Cristiano Ronaldo, que terá 37 anos em 2022, além de perder outros atletas expoentes.
Suécia e Dinamarca também se classificaram para as oitavas na Rússia e têm técnicos mantidos até o fim da Eurocopa.