O croata Luka Modric e o egípcio Mohamed Salah podem entrar para a história do futebol hoje, em Londres, caso vençam o prêmio de Melhor do Mundo, entregue pela Fifa. Não só pela honraria, mas por, enfim, encerrar uma hegemonia de dez anos da dupla Lionel Messi e Cristiano Ronaldo no topo do mundo. O argentino está fora da lista de três que brigam pelo prêmio, enquanto que o português disputa com Modric e Salah. Caso vença, será o sexto título de CR7, fazendo dele o maior vencedor da história, e ampliando a hegemonia.
Pesa a favor de Cristiano o fato dele ter sido novamente artilheiro da campanha vitoriosa do Real Madrid na Liga dos Campeões. Além disso, o atacante fez uma Copa do Mundo razoável, chegando com Portugal até as oitavas de final.
O desafio, contudo, é mais difícil do que nos últimos anos. Isso porque o seu principal rival, Luka Modric, tem os mesmos títulos que ele, ambos jogaram juntos no Real até o fim da última temporada europeia. Todavia, o croata liderou sua seleção até a final do Mundial da Rússia, sendo eleito o melhor jogador da competição. Modric também levou o prêmio de melhor jogador do ano da Uefa.
Diante dos dois veteranos (Modric e Ronaldo têm 33 anos), emerge a figura do novato Mohamed Salah (26), autor de uma temporada fantástica pelo Liverpool. Lesionado na final da Liga dos Campeões, o egípcio não conseguiu chegar em perfeitas condições para brilhar na Copa do Mundo, na qual o Egito foi eliminado na fase de grupos.
Campeões do mundo, os franceses não emplacaram nenhum nome entre os três melhores, o que gerou um certo debate entre os bicampeões. Somente o goleiro Hugo Lloris figura na lista de melhor goleiro do ano, junto com o belga Thibaut Courtois e o dinamarquês Kasper Schmeichel.
Na categoria de melhor técnico, porém, dois franceses são vistos como favoritos ao prêmio: o campeão do mundo com a França Didier Deschamps e o campeão europeu com o Real Madrid Zinedine Zidane. Corre por fora o técnico da Croácia, Zlatko Dalic, vice-campeão na Rússia.
“É um troféu dado pela Fifa, não é?”, perguntou ironicamente o atacante francês do Atlético de Madrid Antoine Greizmann. “E a Copa é organizada pela Fifa, não é? Ganhamos a Copa e não há nenhum francês candidato. É uma eleição, mas o fato de não haver sequer um campeão é surpreendente”.
Pelo lado do Brasil, a torcida é por Marta, que concorre ao prêmio de melhor jogadora. Ela disputa com Ada Hegerberg, da Noruega, e com a alemã Dzsenifer Marozsan.
