O Náutico largou na frente após o fim de temporada precoce em 2018. Rapidamente, renovou com o técnico Márcio Goiano e oito jogadores. Sem contar que já tinha espinha dorsal, com contratos renovados antes mesmo do fim da Série C e com garotos da base consolidados. Já o Santa Cruz precisou dar um passo para trás para depois dar dois para frente. Em um ano com recursos escassos, sofreu com problemas financeiros. Por isso, optou por priorizar, nos últimos dois meses, a redução do quadro administrativo em busca de uma austeridade.
Três dias depois de empatar em casa com o Bragantino e ser eliminado na Série C, a cúpula alvirrubra anunciou a renovação do técnico Márcio Goiano. Junto com ele, os zagueiros Suéliton e Camutanga; os laterais Gabriel Araújo e Assis; os volantes Josa, Willian Gaúcho e Jhonnatan; os atacantes Rafael Assis, Wallace Pernambucano e Rafael Oliveira também renovaram com o Timbu. Além deles, Wallace (Brasil de Pelotas-RS), Robinho (Goiás), Luiz Henrique (Bahia), Suéliton e Jobson (Red Bull-SP) foram emprestados.
Mesmo com base formada, o Timbu também correu atrás de elaborar lista de reforços para 2019. Além do Centro de Inteligência, que coleta informações de possíveis contratações, Márcio Goiano e o gerente de futebol Ítalo Rodrigues passaram 11 dias no Paraguai, onde viram 22 jogos e trouxeram mais de 20 nomes, sendo três ou quatro opções já para a próxima temporada.
Fora do campo, dois destaques: financeiro e Aflitos. Mesmo com todas as dificuldades, o clube honrou com os compromissos e pagou em dia os meses de agosto e setembro. Já o estádio será reinaugurado em dezembro, e está nos retoques finais para voltar a receber os alvirrubros.
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Por sua vez, o Santa Cruz priorizou em organizar a casa nos quesitos financeiro e administrativo antes de “começar” o ano de 2019. Inicialmente, desligou o técnico Roberto Fernandes, que acertou com o CRB, e o executivo Fred Gomes, deixando a folha salarial ainda mais enxuta. Em paralelo, renovou com os jogadores desejados. Exceto, o lateral-direito Vítor e o zagueiro Sandoval, que ainda estão em negociação. Já o meia Jailson acabou preferindo o Cuiabá, que está na Série B.
A principal meta da Cobra Coral para o início da pré-temporada é resolver as pendências financeiras com os atletas que vestiram a camisa do time em 2018. Com três meses em aberto (julho, agosto e setembro), o clube formalizou acordos com cada um. Os jogadores com salários menores estão com a maior parte da dívida quitada, segundo apuração do Jornal do Commercio.
SALÁRIOS CORAIS
Os atletas com os salários mais altos - Vítor, Sandoval, Danny Morais, Ricardo Ernesto e Pipico - receberam uma pequena parte, proporcionalmente comparando, e aguardam o cumprimento do acordo. Ainda segundo apurou a reportagem do JC, a dívida maior está com os garotos oriundos da base que estavam integrando o time profissional, como por exemplo, o zagueiro Eduardo Brito e o meia Jeremias.