Após três meses da eliminação de ambos nas quartas de final da Série C do Brasileiro, Santa Cruz e Náutico já se preparam para a volta às partidas oficiais. Os rivais estreiam na próxima temporada no início da segunda quinzena de janeiro, disputando a Copa do Nordeste. E menos de uma semana depois, paralelamente, começam a briga pelo título do Estadual. Isso sem contar com a Copa do Brasil que começa em fevereiro. Uma grande maratona no começo do ano em busca de um bom desempenho nas três das quatro competições que tricolores e alvirrubros irão disputar antes da Série C.
A Cobra Coral e o Timbu jogam a primeira partida do Nordestão no mesmo dia e horário. O Santa Cruz visita o Botafogo-PB e o Náutico recebe o Fortaleza, às 21h30, do dia 15 de janeiro. Já no Pernambucano, os tricolores enfrentam o América, às 16h, cinco dias depois, no Arruda, e os alvirrubros reeditam a final deste ano contra o Central, 24 horas antes, em Caruaru. O primeiro Clássico das Emoções acontece no dia 9 de fevereiro, nos Aflitos, pela Copa do Nordeste.
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O presidente Constantino Júnior tratou com naturalidade o calendário apertado no começo do próximo ano. A única ressalva ficou nas três viagens para o Sertão de Pernambuco, no Estadual, onde o Santa Cruz irá enfrentar Flamengo, Petrolina e Salgueiro fora de casa. A justificativa dele é o aumento de custos.
“É melhor começar com menos competições e chegar mais embalado. Temos que nos adequar a realidade. Lamentamos apenas a forma desigual no Pernambucano que, novamente, nos fará viajar três vezes para o Sertão. Tudo isso gera um maior gasto. Faltou sensibilidade nesse ponto”, afirmou.
Para o mandatário tricolor, a Copa do Nordeste é a competição mais atrativa do primeiro semestre. “A cota é maior, as viagens e hospedagens são pagas pela Liga (do Nordeste), tem esse lado estrutural e financeiro que pesa. Além disso, tem uma maior representatividade”, disse Tininho. A TV Jornal transmitirá, pelo segundo ano consecutivo, o Nordestão.
TIMBU
Do lado alvirrubro, o vice-presidente Diógenes Braga não enxergou problemas no calendário. “A gente não pode sinceramente reclamar de ter jogos demais em excesso, se argumentamos que a Série C acaba cedo. Na verdade, queremos jogar mais, se preparar mesmo. Reclamo quando acredito que o Náutico será lesado. Nesse caso, prefiro enxergar que jogar muito nos possibilita usar mais jogadores, revelar mais atletas. Podemos transformar a dificuldade em oportunidade”, explicou o dirigente.
Diógenes concordou com Constantino Júnior sobre a maior atração do torneio regional, mas ressaltou que o Estadual fica mais acirrado na reta final. “A Copa do Nordeste conseguiu um modelo que monta vários clássicos ao longo da fase classificatória, o que faz com que tenha um nível de atratividade mais uniforme. O Pernambucano na hora que for chegando nos últimos jogos pega fogo”, finalizou.