A diretoria do Náutico admitiu as dificuldades em realizar o pagamento dos salários dos atletas. De acordo com o diretor Eduardo Henriques, o atraso aconteceu por um bloqueio judicial nas receitas e classificou a situação como imprevisto. Na tarde desta sexta-feira (24), os jogadores alvirrubros realizaram uma reunião com os dirigentes para discutir o problema, mas Henriques não revelou detalhes da conversa, apenas citando que está “muito perto” de resolver.
Os atletas que chegaram esse ano ao clube ainda não receberam salários e os funcionários não são pagos desde dezembro. Já os jogadores remanescentes da temporada passada entraram em acordo antes das férias. Henriques disse que a parcela de receitas bloqueadas atrapalhou na realização desses pagamentos. “O Náutico não é um clube rico, que tem receita estilo Internacional, hoje na Série B, Goiás, ano passado, Bahia, que tem muito dinheiro. A receita é escassa”, comparou o diretor. Ele acrescentou que o clube procura sempre novas receitas, patrocínios e tenta viabilizar verbas.
O diretor de futebol do @nauticope, Eduardo Henriques, admitiu que os salários de atletas e funcionários estão atrasados. pic.twitter.com/0rPeglIXbT
— Jornal do Commercio (@jc_pe) 24 de março de 2017
O bloqueio das verbas com as quais o clube contava aconteceu por causa de uma ação cível de 1995. “Várias gestões, de 95 para cá, conviveram entrando com recurso e postergando a ação. Infelizmente, caiu no nosso braço e já está sendo resolvida”, garantiu o dirigente.
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O Náutico também perdeu dinheiro por não avançar na Copa do Brasil e na Copa do Nordeste. Porém, o dirigente não contabilizava essas verbas para realizar as obrigações financeiras. “Não provisionávamos o recurso de classificação para pagamentos. É extra. A gente não faz um provisionamento de receita com uma coisa que não é palpável, uma coisa que pode acontecer ou pode não acontecer”, disse.
SEM CONCENTRAÇÃO
Neste sábado (25), o Timbu enfrenta o Belo Jardim pela 8ª rodada do Hexagonal do Título do Campeonato Pernambucano. Os jogadores não vão ficar na concentração antes da partida. Segundo o dirigente, porém, não tem relação com os salários atrasados. Henriques afirmou que foi um pedido do técnico Milton Cruz, feito há cerca de 20 dias, para que em jogos menores os atletas possam chegar horas antes da partida.
“A diretoria vê que o grupo do Náutico é excelente, jogadores de caráter, não tem nenhum barqueiro, não tem jogador de noite. Todos eles cumprem com suas obrigações e a gente achou por bem dar esse voto de confiança”, resumiu.
Milton Cruz não define time do @nauticope, mas adianta que Suelinton e Anselmo serão titulares contra o Belo Jardim. pic.twitter.com/tiKGcNQcfz
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