O novo vice-presidente de futebol do Náutico, Emerson Barbosa, acredita que o Náutico precisa, antes de títulos, resolver sua saúde financeira. Do contrário, está caminhando para a falência. Para ele, a maneira alvirrubra de gestão precisa evoluir, coisa que, admite, não é fácil de acontecer do dia para a noite. Sem citar nomes, o dirigente vê na responsabilidade fiscal a única saída. Conquistar título é consequência.
“É importante que as pessoas que estão ali dentro exercendo a gestão percebam que o mundo é outro. Ou o clube se organiza e tem instrumentos de transparência, respeito ao limite orçamentário ou está fadado à falência. Se não tiver a coragem de levar esse debate para o Conselho Deliberativo, a imprensa, sócios e torcedores, cada vez mais vai se afundando”, pontuou.
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Ele faz uma comparação entre o que a torcida quer e o que o mundo exige. Quem está nas arquibancadas quer ver títulos mas a energia vital é a responsabilidade fiscal. Barbosa vai além ao lembrar que ser campeão hoje dá apenas uma alegria passageira para quem não está bem financeiramente.
“A torcida exige títulos mas premissa é exigir responsabilidade fiscal. Quando se conquista um título todo mundo fica feliz mas o preço é alto. Temos que buscar o título mas a equação tem que ser ponderada. O risco não pode ser pelo próprio risco. Você ganha num ano e não reequilibra no outro e volta a ter um passivo maior ainda”, disse.
UNIÃO
Durante entrevista no programa Fórum Esportivo, da Rádio Jornal, da última segunda-feira, Emerson Barbosa explicou que uma de suas tarefas é reunir pessoas que queiram o bem do clube. E lembrou que muitas pessoas estão procurando se afastar do Náutico. “Os mais abastados, que poderiam colaborar, se ressentem de estar à frente do clube para não ver seu nome como pessoa física, suas empresas, associado a uma gestão que não tem respeito pelo orçamento”, disse.