Não demorou muito tempo para Amaral se tornar um dos líderes do elenco do Náutico. Já na sua segunda partida com a camisa alvirrubra, contra o Brasil de Pelotas, Waldemar Lemos entregou a braçadeira de capitão para o volante, que não a tirou mais do braço. Mesmo com as chegadas de Beto Campos e Roberto Fernandes, o cabeça de área não só seguiu ostentando a faixa como também se tornou titular absoluto da equipe, sendo o segundo que mais atuou pelo Timbu na Série B, com 18 partidas, só perdendo para o atacante Erick (19).
Apesar de não ser tão experiente, tem apenas 28 anos, Amaral acredita que esse espírito de liderança faz parte de sua personalidade. “Acho que a liderança vem da gente, mas no nosso elenco tem outros jogadores capacitados para exercer essa função, como Gilmar, William, Aislan. A liderança vem de dentro de cada um. Como nosso grupo é muito jovem, cabe a nós blindarmos os garotos, passar confiança e orientar, porque eles vão oscilar durante a competição. É nesse momento que entramos para mostrar o caminho para dar certo”, declarou Amaral.
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Se o momento do Náutico hoje é bastante positivo – vem de três vitórias nos últimos quatro jogos – o cenário que o volante vivenciou no início de sua trajetória no Timbu foi bastante diferente. “Quando a diretoria do Náutico entrou em contato com meu empresário não pensei duas vezes em aceitar. Queria jogar no Nordeste, tinha essa curiosidade e topei porque queria aparecer para o Brasil disputando a Série B. Cheguei aqui com confiança, já que tinha acabado de ser campeão gaúcho com o Novo Hamburgo. Mas os resultados não estavam vindo. Segui trabalhando forte e motivado para tirar o Náutico dessa situação e, com meus companheiros, estamos conseguindo”, contou.
Ao contrário do que vinha acontecendo com Waldemar Lemos e Beto Campos, quando ambos escalavam o camisa 5 de segundo volante, o técnico Roberto Fernandes consolidou Amaral em seu posicionamento de origem como primeiro homem de meio de campo. “Vinha atuando na segunda função de marcação, saindo mais para o jogo. Mas, agora, voltando para a minha posição de origem, de primeiro volante, consigo desempenhar melhor o meu futebol. Já conheço os atalhos do campo. Tanto que nos últimos jogos tive um crescimento grande dentro da minha função e pude ajudar o grupo a conseguir essas vitórias”, comentou o cabeça de área.
PARCEIRA
Na parceria de sucesso com Diego Miranda, que fica responsável por sair mais para o jogo, Amaral pode se concentrar somente em marcar e desarmar os adversários. “Diego é um jogador que tem bastante qualidade com a bola no pé, até porque ele é meia de origem. Acredito que estamos nos entendendo da melhor maneira possível. Venho crescendo na minha função e com a qualidade do Diego para fazer a transição rápida do meio pra frente nos ajuda muito”, destacou o volante.
O Náutico é o quinto time que mais desarma corretamente na Série B do Brasileiro, com 319 desarmes. Desses, 26 foram do capitão alvirrubro.
