Náutico e Santa Cruz estão juntos na zona de rebaixamento da Série B. Porém, os rivais vivem momentos distintos. Apesar de estar atrás na classificação, o alvirrubro está em ascensão na competição. Venceu três dos últimos quatro jogos, largando a lanterna depois de 17 rodadas e ficando a sete pontos de sair do Z-4, diferença que já foi de 14 pontos. Já o tricolor não vence há seis partidas e viu os seus objetivos mudarem na Segundona. Antes, o foco era o G-4. Agora, a missão é escapar da queda para a Série C. Do empate com o Boa Esporte, na 16ª rodada, para cá, os corais têm o pior aproveitamento da competição: apenas 5%. No mesmo período, o Timbu tem a sétima melhor campanha, com 55% de aproveitamento - veja quadro abaixo.
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A ascensão do Náutico pode ainda ser tímida, mas já começa a surtir efeito na classificação. Se antes da chegada de Roberto Fernandes, o alvirrubro só tinha conquistado apenas uma vitória na Série B e tinha pouca perspectiva de reação na competição, com o novo treinador o Timbu renasceu. Na sequência de três vitórias (uma com o interino Levi Gomes no comando) nos últimos quatro jogos, fez quatro gols, sofreu apenas um e largou a lanterna nas mãos do ABC - o timbu agora ocupa a 19ª colocação, com 17 pontos.
“Nas últimos quatro partidas seríamos um dos líderes (na verdade, seria terceiro), pois conquistamos nove pontos dos 12 disputados. Foram mais pontos do que o time fez no primeiro turno antes de eu chegar. O mérito foi dos atletas, que entenderam o que eu pedi e estão evoluindo. Acredito que com a sequência vamos crescer ainda mais na competição”, avaliou Roberto Fernandes.
Além das vitórias, outra preocupação do comandante timbu é tirar aos poucos o saldo negativo do Náutico, que atualmente é de 12. Se antes da contratação de Fernandes, a equipe alvirrubra tinha o pior ataque e a defesa mais vazada da Segundona, ao menos o sistema defensivo apresentou melhora. Hoje, cinco times já levaram mais gols do que o Náutico. Um deles, o Santa Cruz.
SANTA CRUZ
Vitória é algo que não foi visto no Arruda no último mês. A última foi contra o Vila Nova, no dia 18 de julho. Desde então foram seis jogos, com cinco derrotas e um empate. Retrospecto que fez a equipe despencar da oitava posição para a zona de rebaixamento - é o 17º, com 23 pontos.
Alguns pontos podem ser elencados como motivos para queda de rendimento coral. Mas o que chama mais a atenção é o sistema defensivo. Foram 13 gols tomados em seis jogos. Uma média de 2,1 gols por partida. Antes da ingrata sequência, o Tricolor do Arruda tinha a oitava pior defesa da Série B (16 gols sofridos). Esse número cresceu para 29 e deu aos comandados de Givanildo Oliveira o título de quarta pior defesa da competição.
“Temos que mudar a chave, não podemos ficar deixando para o próximo jogo. Temos que ter uma autocrítica muito grande e saber o que estamos fazendo. Seis jogos sem vencer é complicado”, analisou Derley.
A sequência sem vitórias da Cobra Coral é a maior no momento se comparadas as campanhas dos outros 19 times. O ABC (lanterna) é o que fica mais próximo, com quatro partidas de jejum.
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