A primeira impressão de Erick em Braga já havia sido de pura emoção. Mesmo tendo visto seu novo clube perdendo por 1x0, domingo, para o vizinho e rival Porto, pela quarta rodada do Campeonato Português. Mas sem apagar o encanto em pisar no estádio onde pretende brilhar nos próximos cinco anos. E ontem, após a assinatura de contrato, pôde conhecer mais a nova casa. E se encantou.
“É outro mundo”, disparou o atacante, que em janeiro estava disputando a Copa São Paulo de Juniores, pelo Náutico. “A estrutura é fantástica”, completou o pernambucano, de 19 anos.
Erick se referia não apenas ao moderno centro de treinamentos, nos arredores de Braga, cidade no norte de Portugal, com pouco mais de 110 mil habitantes (Olinda tem 370 mil). Mas especialmente aos bastidores do clube. E do Estádio Municipal de Braga, arena para 20 mil torcedores. Foi à Tribuna de Honra, acompanhou ao jogo com o Porto ao lado de dirigentes de paletó e gravata. No dia seguinte, visitou o museu do clube, salas nobres. Mal piscava os olhos.
BRAGA
Sobre a cidade, viu pouco. Mas não parou de elogiar. Mesmo detrás do vidro de táxis, que o levou do hotel às sedes do novo clube. “Tá uma correria muito grande. Só agora parei para comer uma pizza com ‘Seu Guilherme’”, justificou, sentado na praça de alimentação de um shopping center, referindo-se ao empresário pernambucano Guilherme Cavalcanti, responsável pela negociação e que está acompanhando o atacante.
Em relação ao sotaque luso, Erick estranhou. “É muito rápido. As vezes não dá para entender.” Mas está animado para o primeiro treinamento, nesta terça. “Fiz todos os exames, assinei contrato. Agora quero jogar, né?” O atacante foi vendido por cerca de R$ 3 milhões. O Náutico ainda tem 15% de seus direitos econômicos.