DO OUTRO LADO DO MUNDO

Rony, ex-Náutico, conquista os torcedores do Albirex Niigata do Japão

Atacante marcou 11 gols pelo Timbu no ano passado

Filipe Farias
Cadastrado por
Filipe Farias
Publicado em 10/09/2017 às 16:38
Albirex Niigata/Divulgação
Atacante marcou 11 gols pelo Timbu no ano passado - FOTO: Albirex Niigata/Divulgação
Leitura:

Os 11 gols marcados por Rony na Série B do ano passado, sem dúvida, estão fazendo muita falta ao Náutico nessa temporada, já que o Timbu tem um dos piores ataques da Segundona. Apesar de ter deixado saudades, o atacante está a milhares de quilômetros de distância do torcedor alvirrubro. Literalmente, do outro lado do mundo. Depois de se destacar pelo Náutico em 2016, o jogador de 22 anos acabou se transferindo para o Albirex Niigata, do Japão. Uma mudança radical não só na carreira, como também na sua vida.

Se no Brasil, Rony costumava utilizar a sua velocidade para deixar os adversários para trás, nos gramados japoneses ele teve de se moldar ao estilo de jogo no país oriental. “O futebol japonês é um pouco diferente. É mais truncado, pegado e de muita força física. No Brasil você tem mais liberdade para jogar. Aqui é mais difícil porque os jogadores são mais esforçados e sempre marcam em cima, tornando o jogo diferente. Mas a adaptação está sendo boa”, comentou Rony.

No time japonês, o ex-atacante alvirrubro encontrou outros brasileiros, o que facilitou bastante o entrosamento no novo clube. O meia Thiago Galhardo, de 28 anos, ex-Boa Esporte e Coritiba, e o centroavante Douglas Tanque, de 23 anos, ex-Paraná e Ponte Preta. Além disso, o treinador é um velho conhecido dos brasileiros: o ex-atacante Wagner Lopes, naturalizado japonês e que disputou a Copa do Mundo de 1998 pelo Japão.

GOLS E DIFICULDADE COM IDIOMA

Com a bola no pé, o atacante está conseguindo driblar as dificuldades, tanto que é o artilheiro do Albirex Niigata na temporada com quatro gols (três na J-League e um na Copa do Imperador). Já fora das quatro linhas, dois fatores foram bastante complicados para se habituar. “Sem dúvida que o principal obstáculo que encontrei foi o idioma. É uma língua muito difícil. Mas agora já consigo entender algumas palavras que meus companheiros de time falam. Também tem o tradutor que me ajuda bastante no dia a dia”, explicou Rony, sem se esquecer do sufoco para se alimentar nos primeiros dias. “Quando cheguei estranhei bastante a comida, mas agora já estou adaptado e até consigo comer algumas coisas da cultura deles. Também conseguimos achar algumas comidas parecidas com as do Brasil.”

A oportunidade de atuar no Japão não está sendo apenas uma boa experiência profissional, mas também para a vida pessoal do jogador. “Estou obtendo conhecimentos que vou levar para a minha vida toda. Quando aceitei jogar no Japão vim com o pensamento de me adaptar o mais rápido possível e consegui. Procuro fazer o meu melhor aqui no futebol japonês, assim como fazia no Brasil. Está sendo um aprendizado muito bom na minha vida”, falou o atacante, que se tornou pai no Japão. “Foi uma mudança muito boa na minha vida. Estou muito feliz de ser pai. Chegar em casa depois do treino e ter a minha esposa e o meu filho ao meu lado. É muito importante pra mim e para o meu futebol esse apoio da família. Só tenho a crescer com a chegada do meu filho”, destacou.

Apesar de ter sido sondado pelo Náutico após a negociação de Erick para o futebol português, Rony garante que não tem pretensão de retornar ao futebol brasileiro num futuro próximo. E, se depender dele, isso vai demorar a acontecer. “Meus planos é de ficar um bom tempo fora do Brasil. Quero desenvolver o meu futebol aqui no mercado japonês. Fui muito bem recebido pelos torcedores do Albirex. Eles têm um carinho enorme por mim, fizeram uma música em minha homenagem e isso é gratificante”, declarou.

Últimas notícias