O Náutico cometeu um erro tradicional dos times que lutam contra rebaixamento no Brasileiro: o grande número de contratações. Com 38 jogadores contratados em uma temporada, o Timbu sofreu com a grande rotatividade no elenco. Essa atitude acaba afetando o trabalho do departamento médico. De acordo com o coordenador do setor no clube, Francisco Couto, os atletas que chegam no final do ano não participaram do trabalho detalhado de avaliações no início do ano. Um grande exemplo é o atacante Rafael Oliveira que rompeu o ligamento do joelho com menos de um mês de casa.
“O grande número de atletas contratados na equipe atrapalha porque quem fez o trabalho inicial na pré-temporada, onde avaliamos e planejamos tudo, não é aquele que chegou na última partida. É um agravante, só que esse não é o único ponto”, afirmou o médico.
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O vice-presidente de futebol, Diógenes Braga, admite que a quantidade alta de contratações aumenta a chance de erro e lembra que os casos de sucesso do futebol brasileiro não costumam gastar com jogadores. “Quando se contrata muito é porque não está dando certo. Normalmente, os elencos marcados pela perfeição são os montados com uma curta quantidade de reforços. Quanto maior o número de contratações menor o índice de acerto”.
FUTEBOL
Diógenes é o terceiro comandante do futebol do Náutico, que antes foi dirigido por Toninho Monteiro e Emerson Barbosa, respectivamente. Ele chegou no departamento neste ano como diretor no final da Era Beto Campos na Série B - pouco antes da chegada de Roberto Fernandes - e participou efetivamente das contratações do goleiro Busato, o meia Rafinha e os atacantes Dico e Rafael Oliveira.
“Vejo que é preciso ter um plantel definido o mais breve possível com uma característica pré-definida na parte física e tática. É preciso saber o perfil e montar dentro de uma filosofia, que necessite contratar o mínimo possível. Acertar no começo é fundamental para ter sucesso na temporada”, finalizou.