Torcedor assumido do Náutico, Roberto Fernandes chega na sua primeira final com o Timbu na quarta passagem. Após arrancadas que livraram o Timbu de dois rebaixamentos na Série A, semifinal de Pernambucano frustrada após primeira fase impecável e queda pra Série C, o treinador, quando entrar em campo hoje no Lacerdão, tentará a sua maior conquista na equipe da Rosa e Silva.
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Nas duas primeiras passagens, as arrancadas na Série A foram os grandes feitos de Roberto. Em 2007, assumiu o Timbu na nona rodada da elite com o clube afundado na zona de rebaixamento e apenas uma vitória em oito jogos. Depois disso, mais 13 triunfos e a reação do Náutico, que terminou na 15ª posição da competição. No ano seguinte, voltou novamente no Brasileirão e conseguiu mais uma vez livrar a equipe da queda na última rodada, com um empate em 0x0 na Vila Belmiro em tarde iluminada do goleiro Eduardo.
ELIMINAÇÃO AMARGA
Em 2011, a grande frustração. Depois de uma primeira fase praticamente impecável no Pernambucano, com apenas três derrotas em 22 jogos, a amarga eliminação nas semifinais para o Sport. Agora, terá outra chance de levar o título do Estadual e de tirar o clube da fila de 14 anos.
“Para mim significa muita coisa. Sobre o lado da emoção, ela não entra no trabalho. Sou infinitamente mais torcedor do Náutico quando não estou aqui. Trabalhando no clube, procuro não me envolver para não deixar que a emoção supere a razão. O que me deixa orgulhoso é poder ver mais de 20 mil pessoas apenas torcendo para o Náutico no estádio. É um resgate importante, e não seria honesto da minha parte não dizer que me sinto orgulho em poder contribuir”, afirmou.
Emoção à parte, Roberto quer time com os pés no chão para encarar o Central, que está invicto no Lacerdão. “Antes de qualquer coisa, falei aos atletas que não ganhamos nada. Nesses 13 anos que estamos na fila, o Náutico já disputou finais. Tudo que fizemos até agora, todo esse ótimo trabalho, foi credencial apenas para chegar na decisão. No Brasil, tem que ser campeão”, finalizou.