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Torcedores do Náutico e Central buscam fim do jejum de títulos

Náutico comemorou os 117 anos na véspera da final do Pernambucano

JC Online
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Publicado em 08/04/2018 às 8:16
Foto: Sergio Bernardo/JC Imagem
Náutico comemorou os 117 anos na véspera da final do Pernambucano - FOTO: Foto: Sergio Bernardo/JC Imagem
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Paixão incondicional. Amor sem restrições, oferecido de graça, sem esperar nada em troca. É dessa forma que a nova geração de alvirrubros sente o carinho pelo Náutico. Os jovens torcedores ainda não tiveram a oportunidade de celebrar um título sequer. Mesmo assim torcem, gritam e se enchem de esperança sobre a possibilidade de comemorar a conquista de uma taça. Hoje, o Náutico está muito próximo de quebrar o jejum de 14 anos sem títulos. Diante do Central, a partir das 16h, na Arena de Pernambuco, o time alvirrubro será carregado por milhares de torcedores. Entre eles está principalmente a nova geração alvirrubra, ansiosa para festejar o “primeiro título”.

O trio formado por Gabriel Paiva, Luan Vinícius e Luigi Henrico representa bem o grupo dos jovens órfãos de títulos. Alunos da escolinha de futsal dos Aflitos, na Zona Norte do Recife, eles frequentam a sede do clube e são apaixonados pelo Náutico como se fosse um sentimento herdado de pai para filho. Estão ansiosos para contar que assistiram de perto uma conquista do time do coração.

Com 14 anos, Luigi Henrico vai cumprir o ritual de todos os jogos: vestirá a camisa da sorte e seguirá para a Arena de Pernambuco junto com os tios. Ele conta, emocionado, a história do amuleto. “Ela era do meu tio, que infelizmente faleceu. Ele me deu quando eu tinha 8 anos, e desde então eu sempre assisto aos jogos com ela. Virou meu item da sorte”, revelou o alvirrubro, que tem dois desejos para o time. “Quero comemorar um título e ver o Náutico nos Aflitos, o que já está encaminhado”, pontuou Henrico, que acredita em vitória do Timbu por 2x0 sobre o Central, com dois gols de Wallace Pernambucano.

Ontem, o Náutico comemorou o aniversário de 117 anos. Muitos alvirrubros estiveram na sede social do clube para festejar a idade nova e compartilhar a ansiedade para a grande final de hoje à tarde. O presente esperado por todos é o título estadual, que não pertence ao Timbu há 13 anos.

“O coração está a mil. Expectativa de casa cheio e vitória. Um dia depois do aniversário, esse será o maior e melhor presente”, afirmou o torcedor Thiago Souza. “É um longo tempo de espera, não tem como a ansiedade não ser grande”, completou o alvirrubro.

O ponto de maior movimentação nos Aflitos era a loja. Os alvirrubros garantiram de última hora o manto vermelho e branco. “O torcedor está comparecendo e vestindo a camisa. O movimento tem sido muito bom”, disse o gerente da loja, André Tude.

CENTRAL

Do lado do Central, a maior parte da torcida é vanguardista e esbanja tradicionalismo. Eronildes Oliveira, por exemplo, frequenta o Lacerdão desde sua infância. Fala com orgulho que já nasceu torcedor da Patativa e transferiu o sentimento para os filhos.

“Eu nem era nascido e já era centralino na barriga da minha mãe. E essa paixão passou para os meus filhos, que hoje também são torcedores do Central com muita satisfação”, garantiu o aposentado, que não esconde a animação com a possibilidade de ver o seu time conquistar o Pernambucano pela primeira vez na história.

Eder Oliveira é um dos filhos de seu Eronildes e aprendeu a amar o time de coração desde a infância. “Vou ao estádio desde os meus 5 anos de idade. Primeiro ia acompanhado do meu pai, depois passei a ir sozinho também. Hoje, o Central se tornou meu hobby. É o momento que eu tiro para me divertir e todos respeitam esse sentimento”, argumentou o comerciante.

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