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Os bastidores da chegada de Ortigoza ao Náutico

Centro de Inteligência, primo de Messi e Magrão: o passo a passo da vinda do paraguaio

Diego Toscano
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Diego Toscano
Publicado em 17/04/2018 às 9:12
Alexandre Gondim/JC Imagem
Centro de Inteligência, primo de Messi e Magrão: o passo a passo da vinda do paraguaio - FOTO: Alexandre Gondim/JC Imagem
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Destaque do Náutico na campanha do histórico título estadual de 2018, o atacante Ortigoza já começou a Série C balançando a rede no empate contra o Santa Cruz. Com gols importantes e decisivos, o paraguaio já caiu nas graças dos alvirrubros, mas poucos sabem as curiosidades que envolveram a contratação do jogador, que tinha aparecido no futebol brasileiro atuando pelo Palmeiras em 2009.

De grupo de empresários alvirrubros, passando por agente de ex-jogador do clube e com nome de ídolo do Sport, chegando até o primo de Messi e por fim, a negociação com Ortigoza, um quebra-cabeça que culminou com a maior contratação do Náutico na temporada.

A história começou em fevereiro. Após reunião com vários empresários alvirrubros, que garantiram um aporte financeiro, o Náutico saiu em busca de um jogador “midiático”. O clube, que já tinha praticamente o elenco inteiro montado, com média de salários entre R$ 10 mil e 12 mil, começou a pedir referências de nomes para o ataque, procurando um jogador que mexesse não só com o plantel, mas também com a torcida.

Os nomes começaram a surgir de várias frentes: seja do Centro de Inteligência do Náutico (CIN), setor de análise de desempenho do clube, de indicação de diretores e de empresários. Jogadores como Maxi Biancucchi, o primo de Messi e que se destacou no Bahia entre 2014 e 2016, foram apresentados, mas não agradaram a cúpula alvirrubra pelo perfil traçado para a contratação.

Com vários jogadores que passaram pelo Náutico, casos do atacante Caion e do meia Pedro Carmona, além do zagueiro Igor Rabello, Magrão foi um dos responsáveis pela chegada de Ortigoza. Mas não estamos falando do experiente goleiro do Sport, mas do empresário Giuliano Tadeu, conhecido no futebol com o mesmo apelido do arqueiro rubro-negro. Amigo pessoal do empresário de Ortigoza, que mora na Itália, Magrão deu o empurrão necessário para início do processo de negociação com o paraguaio, que reduziu entre 60% e 70% do salário que recebia no Cerro Porteño-PAR, clube com o qual tinha contrato até o final do ano, para vir pro Recife.

Depois de uma negociação tranquila, onde desde o início Ortigoza foi muito receptivo a ideia de voltar ao Brasil após seis anos, o atacante de 31 anos começou de forma arrasadora no Timbu. Na estreia, gol e assistência contra o Afogados. São sete gols e, em 11 jogos com a camisa do Timbu - sete vitórias, três empates e só uma derrota. Ao lado de Wallace Pernambucano, é o artilheiro do Náutico no ano.

SURPREENDEU?

“Obviamente não tínhamos como prever que ele ia ter um rendimento tão alto logo no início. Na verdade, não dá pra prever isso com nenhum atleta. O Náutico já contratou diversos jogadores desde que estou no futebol. Vários vieram com altas expectativas e não deram certo. Com ele, a gente também esperava muito. E, graças a Deus, se comprovou”, afirmou Ítalo Rodrigues, gerente de futebol e um dos principais responsáveis pela chegada do jogador aos Aflitos.

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